Ter, 29/08/2006 - 15:14
Os expositores realçaram que, este ano, o número de visitantes foi inferior às edições anteriores, o que se traduziu num “fraco” volume de vendas.
“As pessoas passam, vêem, mas não compram”, lamentou Sílvia Bernardo, uma produtora de maçã.
Este ano, a Feira foi antecipada quatro dias, tendo em conta a estadia dos emigrantes no concelho. Mesmo assim, o número de visitas à Feira foi inferior ao ano passado, o que desiludiu os expositores.
“Aquilo que nós pretendemos é conciliar a promoção dos nossos produtos com a estadia dos emigrantes, porque, infelizmente, temos tantas pessoas espalhados pela Europa como a viver no concelho”, justificou o presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, Eugénio Castro.
Para cativar os emigrantes e migrantes que visitam o concelho a autarquia pretende, no próximo ano, antecipar ainda mais a Feira da Maçã, Vinho e Azeite, tendo em conta o calendário da apanha da maçã.
Cortejo repensado
O certame contou com a presença de cerca de 80 expositores, desde artesãos a vendedores de produtos regionais, onde a maçã, o vinho e o azeite estiveram em destaque.
No primeiro dia da feira também se realizou a pisa de uvas ao vivo, para mostrar aos visitantes todo o processo da transformação das uvas.
A música foi, igualmente, um ponto forte neste certame. Os espectáculos de Toy, João Pedro Pais e do grupo brasileiro Canta Brasil conseguiram atrair um grande número de pessoas no recinto da Feira.
Domingo foi o dia da procissão que reúne todos os padroeiros do concelho, uma iniciativa religiosa que representa um momento marcante para os carrazedenses.
Quanto ao cortejo etnográfico, que deixou de se realizar há 3 anos, a autarquia pretende retomá-lo no próximo ano.
“O cortejo deixou de se fazer porque a qualidade vinha-se degradando. Nas aldeias existem, apenas, três ou quatro pessoas que se interessam por estas iniciativas. Como tínhamos o cortejo e a procissão, no dia seguinte, optámos por ficar só com a procissão e repensar o cortejo”, concluiu Eugénio Castro.