Ter, 26/09/2006 - 15:19
A via transformou-se num autêntico lamaçal, o que obrigou ao corte do troço durante cerca de uma hora. Indignados com a situação, visto que o trânsito não foi desviado, os condutores esperavam e desesperavam dentro das viaturas sem terem qualquer informação do que estava a acontecer.
As buzinas começaram a entoar e, após cerca de meia hora de espera, alguns automobilistas decidiram sair dos carros para tentarem saber o motivo do corte da estrada. Mesmo com a explicação de um porta-voz da empresa que está a realizar os trabalhos, os condutores criticavam a forma como estão a ser efectuadas as obras na EN218, atendendo aos atrasos e danos nas viaturas.
A somar ao mau estado da via, também ocorreu um acidente entre uma máquina em manobras e o veículo ligeiro que iniciava a fila de carros que aguardava para seguir viagem.
Obras até 2007
Enquanto os automobilistas protestavam contra o corte da estrada e a sinalização insuficiente, as máquinas e camiões espalham terra para que a circulação pudesse ser restabelecida. Uma hora depois, a via foi reaberta ao trânsito com as condições mínimas asseguradas, uma vez que a irregularidade do piso e a lama ainda condicionavam a trajectória dos veículos.
Esta situação leva alguns utentes a fazerem o percurso entre Bragança e o norte do distrito pelas estradas espanholas, para evitarem os transtornos que podem encontrar entre Argoselo e Carção.
Recorde-se que aquela via é fundamental para o Nordeste Transmontano, uma vez que possibilita a ligação da capital de distrito aos concelhos de Vimioso, Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta.
A empresa Estradas de Portugal (EP) tem uma visão diferente da forma como estão a decorrer os trabalhos, alegando que se trata de “uma zona de trabalhos devidamente sinalizada e com os condicionalismos previstos para este tipo de obra”.
O corte ao trânsito verificado na passada quinta-feira foi justificado pelas EP com o facto de terem surgido condições climatéricas adversas de forma repentina, o que impossibilitou a tomada de medidas necessárias num curto espaço de tempo, sendo o trânsito restabelecido logo que as condições o permitiram.
Segundo as EP, as obras na EN 218, que contemplam o melhoramento das condições de circulação, reforço do pavimento, sinalização e segurança, deverão estar concluídas no segundo trimestre do próximo ano.