Canil com incinerador

PUB.

Ter, 21/03/2006 - 14:47


O canil da Terra Quente vai ser dotado de uma unidade de tratamento de cadáveres, para tratar as carcaças dos animais encontrados mortos na via pública e dos que acabam por morrer depois de recolhidos pelos municípios.

Segundo o secretário-geral da Associação dos Municípios da Terra Quente (AMTQ), Manuel Miranda, o projecto ainda se encontra em fase de estudo prévio, aguardando o parecer da Direcção-Geral de Veterinária.
No entanto, o responsável assegura que a construção desta unidade é urgente, dado que, no Nordeste Transmontano, não existe nenhuma infra-estrutura para tratar os cadáveres dos cães que acabam por morrer.
“Para além dos municípios da Terra Quente, esta estrutura vai servir, ainda, outros concelhos dos distritos de Bragança e Vila Real, dado que a lei exige que se dê um tratamento adequado aos animais mortos”, acrescentou Manuel Miranda.
A funcionar desde meados de Junho do ano passado, o canil já recebeu cerca de 260 cães, entre os quais cerca de 70 por cento foram encontrados ao abandono na via pública.

Cães para adopção

Além disso, esta unidade de recolha também é procurada por donos que não têm condições para criar os bichos e por pessoas que encontram animais perdidos ou abandonados.
Esta infra-estrutura de acolhimento a canídeos tem capacidade para cerca de 60 animais, um número que, segundo o secretário-geral da AMTQ, é suficiente para dar resposta aos animais recolhidos nos municípios de Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães e Vila Flor.
Neste momento, o canil tem cerca de 30 animais em internato, à espera de serem acolhidos pela sociedade.
“Nós temos um espaço destinado à adopção que tem tido muita procura pelas pessoas. Desde o ano passado, cerca de 20 por cento dos cães recebidos pelo canil foram acolhidos pela sociedade”, acrescentou o responsável.
A construção do canil da Terra Quente veio colmatar o problema dos cães que vagueavam pela via pública, dado que, muitos deles, são transmissores de doenças à população.
“Este projecto tem em vista proteger as pessoas, visto que alguns dos animais abandonados na via pública têm doenças transmissíveis, ao mesmo tempo que acolhemos os cães que se encontram em boas condições de saúde e são susceptíveis de serem adoptados”, concluiu o secretário-geral da AMTQ.