Cancro do Útero já tem vacina

Segundo Luísa Villa, chefe do Departamento de Virologia do Instituto Ludwig de São Paulo e investigadora do estudo, “estamos muito satisfeitos com os novos resultados porque fornecem mais informações sobre a administração da vacina em raparigas adolescentes e jovens mulheres. Este é mais um significativo passo no combate ao cancro do colo do útero”.
O do colo do útero é a segunda causa de morte mais comum de cancro na Europa onde morrem, todos os dias, cerca de 40 mulheres. Já em Portugal, 200 mulheres são vítimas deste carcinoma.

Calcula-se que cerca de 70 por cento das pessoas sexualmente activas sejam expostas ao vírus

O cancro do colo do útero é causado pelo PVH e estima-se que 70% das pessoas sexualmente activas possam estar expostas ao vírus numa certa altura da sua vida.
Em geral, esta infecção pode desaparecer por si ou não exibir quaisquer sintomas. No entanto, num determinado número de casos, pode causar lesões cervicais de baixo grau e genitais externas (incluindo verrugas vaginais). Em alguns casos, os danos cervicais podem progredir para alto grau ou pré-cancerígenas o que pode, em último caso, originar um cancro no colo do útero.
Uma outra análise das fases II e III demonstrou uma grande eficácia contra o PVH em mulheres que foram previamente expostas a um ou mais tipos de vírus da vacina. Aí, preveniu em 100 por cento os precursores do cancro do colo do útero. Foi, ainda, bastante eficaz na prevenção de lesões genitais externas causadas pelos tipos 6, 11, 16 e 18 do PVH.
De acordo com Darron Ferris, director do Serviço de Ginecologia do Centro de Prevenção de Cancro da Geórgia (EUA) e investigador da fase III, “os resultados demonstraram uma robusta eficácia da vacina na prevenção da neoplasia do colo do útero e de outros tipos de PVH relacionado com doenças genitais na zona inferior”.