Ter, 10/01/2006 - 14:49
Ano após ano, os funcionários da edilidade colhem cinco toneladas de azeitona nas 750 oliveiras dos jardins, ruas e avenidas da cidade, o que resulta na produção duma quantidade significativa de azeite. Há dois anos, por exemplo, a CMM engarrafou cerca de mil litros de azeite, segundo dados do adjunto do presidente daquela autarquia, Amândio Pires.
Após a apanha, a azeitona é transformada nos lagares da região. Posteriormente, o azeite é embalado em garrafas de 0,5 e 0,25 centilitros com o rótulo do município, que são oferecidas pela autarquia às individualidades que visitam o concelho.
“Esta é uma forma de divulgarmos o azeite produzido na Terra Quente, tanto a nível regional como a nível nacional”, acrescentou o responsável.
Este ano, contudo, a seca dizimou a colheita da autarquia, pelo que a quantidade de azeitona nas oliveiras da cidade não justificou a apanha.
A CMM produz azeite há cerca de quatro anos, altura em que as árvores transplantadas das zonas baixas ganharam, novamente, força para gerarem azeitona.
Recorde-se que as oliveiras centenárias que, actualmente, embelezam a cidade de Mirandela foram transplantadas pelo município, ainda durante o mandato de José Gama, para dar lugar à construção na periferia da cidade.
Placas identificam oliveiras
Para além das árvores que estão em produção plena, também foram plantadas oliveiras a dividir as faixas de rodagem das avenidas de Mirandela. Contudo, estas árvores acabam por não contribuir para a produção de azeite do município, dado que têm que ser cortadas, frequentemente, para não dificultarem a visibilidade dos condutores.
Na óptica de Amândio Pires, a promoção do azeite pelo município foi uma boa aposta. Tanto assim é, que já há produtores a doarem amostras do seu azeite à Câmara, para divulgarem a sua marca através das ofertas da autarquia.
Sendo assim, a produção do azeite do município tem tendência a aumentar, uma vez que as oliveiras começam, agora, a alcançar a sua forma normal. “Se houver excedentes, temos a possibilidade de doar o azeite a instituições, como por exemplo lares ou escolas”, explicou Amândio Pires.
No âmbito do projecto “Terra Olea”, a CMM vai colocar uma placa nas diversas oliveiras que se encontram a embelezar a cidade, para identificar as diversas variedades cultivadas pela autarquia, nomeadamente a cobrançosa, a verdeal transmontana e a madural. Estas são, igualmente, as variedades produzidas pelos agricultores do Nordeste Transmontano, devido à composição dos solos da região.