Ter, 06/09/2005 - 15:15
Uma estudante do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) está a levar a cabo um estudo de mestrado com base no burro das Terras de Miranda.
O trabalho engloba, ainda, as acções da Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA) na recuperação do gado asinino. Outro dos temas focados no trabalho é a forma como as populações olham para os burros.
Segundo a autora da tese de mestrado, Helena Marques, para as populações das Terras de Miranda o burro sempre foi um animal importante, pelo que não vai ser agora que esta situação se vai alterar.
Entretanto, o que muda é a valorização em termos económicos do burro mirandês, visto que estes estão a ser alvo de uma recuperação genética como raça autóctone ameaçada.
Para já, o burro continua a ser um companheiro de trabalho, mas não tão valorizado como os bois mirandeses.
Dado o trabalho da AEPGA, o burro mirandês começa a estar na moda, já que hoje em dia se fala em burros como nunca se falou e a prova disso foi o número de apreciadores vindos dos dois lados da fronteira, à procura de “burrancos” para criação.
“Havendo valorização no mercado, o burro mirandês começa a ser um animal procurado e isto é importante para a economia familiar”, concluiu Helena Marques.