Ter, 12/09/2006 - 16:30
À semelhança do que acontece com os certames da raça bovina mirandesa, cada concelho receberá uma iniciativa de âmbito local, que culminarão com um concurso mais alargado.
A criação de um hospital veterinário é outras das novidades apresentadas durante as feiras de burros que decorreram no Naso (Miranda do Douro) e Azinhoso (Mogadouro). Esta unidade de saúde animal visa melhorar a saúde e bem-estar da raça asinina, nomeadamente ao nível dos dentes, cascos ou doenças comuns, o que contribuirá para aumentar a longevidade do efectivo.
De acordo com o secretário técnico da AEPGA, Miguel Nóvoa, as feiras de burros do Naso e Azinhoso são aguardadas com expectativa, porque há brincadeiras que começam a renascer, como é o caso das gincanas e corridas de burros. Estes eventos eram muitos populares no passado e agora são retomados em ocasiões de festa, pelos que as duas feiras são uma boa ocasião para se poder apreciar a etnografia local.
Feiras revitalizadas
No caso do certame do Azinhoso assistiu-se a um caso de revitalização duma feira que teve início na Idade Média, que foi interrompida durante 30 anos, mas começa a ter a importância de outros tempos.
A feira do Naso, por seu lado, já é palco de alguns negócios de gado asinino, mas tempos houve em que era muito procurada pelos negociantes de burros e mulas, que vinham um pouco de todo o distrito.
Este mercado foi reavivado pelas gentes do Planalto Mirandês, no intuito de fazer renascer a alegria das gentes e de dar a conhecer às novas gerações o passado das feiras dos burros na região.
Outros dos objectivos da AEPGA passa por aumentar o número de nascimentos de burricos e burricas, que passou de 10 animais por ano, em 2002, para 60.
Agora, a grande meta é chegar aos 120 nascimentos por ano.