BRUÇÓ organiza cortejo

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Qua, 23/08/2006 - 10:09


Apostado em manter vivas as tradições agrícolas e profissões do passado, o Centro Cultural de Bruçó (CCB), com a colaboração da Junta de Freguesia, organizou um cortejo etnográfico que decorreu no passado sábado.

O desfile contou com dez carros alegóricos e alguns exemplares de gado asinino, que não passaram despercebidos às pessoas que se juntaram em grande número na praça principal daquela aldeia do concelho de Mogadouro.
As tarefas agrícolas e as profissões que faziam parte do quotidiano da população (muitas delas já extintas) foram dadas a conhecer às gerações mais novas num cortejo que também serviu para os mais velhos recordarem a vida de antigamente desta comunidade rural.
No campo das profissões destacou-se a do pastor e o ciclo do fabrico do queijo, a do barbeiro de rua que se deslocava às aldeias e a do ferrador, que também andava de terra em terra.
No conjunto dos dez carros alegóricos, cada um representava um tema escolhido pelos moradores de cada uma das principais ruas da localidade.

Memórias na praça

O desfile percorreu a rua principal de Bruçó, para depois se encontrar na chamada Praça do Tanque, a sala de visitas da aldeia, que muitas memórias traz aos que, um dia, partiram para outros destinos.
Segundo a presidente do CCB, Olívia Pinto, toda a população da aldeia aderiu à iniciativa, sendo esta uma forma salutar de convívio entre vizinhos. “Foram eles que decoraram os carros a seu gosto, pelo que tentamos mobilizar toda a população para este convívio entre a população residente e não residente”, explicou a responsável.
Além do convívio, evitar a perda das memórias de um passado ainda recente é outros dos objectivos desta iniciativa. “O Centro Cultural está apostado em manter viva a memória colectiva do povo de Bruçó, pelo que estas iniciativas são uma boa oportunidade para reviver as tradições locais”, acrescentou Olívia Pinto.
No final do cortejo, como não poderia deixar de ser, houve tempo para uma festa com baile tradicional, onde as várias gerações trocaram experiências em relação ao passado e presente.