Bragança à seca

Garrafões de plástico, alguidares ou baldes, de tudo serviu para armazenar o precioso líquido que se encontrava no depósito da Mãe d´Água, e que ainda há poucos dias escorria abundantemente pela rua das traseiras do ISLA, vá-se lá saber porquê…
E assim se passou grande parte do domingo, sem sabermos se estávamos numa cidade que se quer moderna e com qualidade de vida ou num qualquer aglomerado da Etiópia ou de outro país em vias de desenvolvimento.
Avaria nas electro-bombas que canalizam a água para rede, alega a Câmara Municipal de Bragança. Demora excessiva na resolução do problema, poder-se-á dizer, atendendo à hora a que o preciso líquido regressou às condutas.
O certo é que a duração da avaria obriga a levantar algumas questões sobre a eficácia do sistema de bombagem e respectivas alternativas para dar resposta a este tipo de contratempos. Por alternativas entenda-se sistema de bombagem de substituição e não distribuição de água ao domicílio, a partir de auto-tanques camarários e dos bombeiros.
Nesta matéria haverá pouco reparos a fazer, pelo menos desde que o fornecimento começou a ser feito porta à porta, a uma hora que a maioria dos habitantes considera tardia. Sim, porque só ao início da noite arrancou a distribuição ao domicílio, após um dia inteiro sem água.
Por outro lado, é impossível terminar esta coluna sem pôr em causa o contrato de manutenção que deveria assegurar o funcionamento “non-stop” das electro-bombas (ao que se sabe montadas recentemente), mesmo sabendo que as avarias ocorreram num domingo de manhã, após uma madrugada de festejos pela vitória de Portugal sobre a Inglaterra. Enfim, resta esperar que não se repitam mais situações do género, até porque o Verão está aí.