Ter, 15/11/2005 - 17:08
Nesta edição, a organização quer apostar na internacionalização da cultura da região transmontana, pelo que abriu as portas às máscaras e rituais de Angola, um país que apresenta algumas semelhanças com o Nordeste Transmontano ao nível desta temática.
A Mascararte vai ter início com o desfile de mascarados, caretos e mascaretos, que vão percorrer as principais artérias da cidade.
Este ano, para além dos caretos e mascarados das aldeias do concelho e dos grupos de gaiteiros da região, o desfile vai contar com a presença de cinco mascaretos, elaborados por alunos e professores do ensino superior e ensino secundário da cidade, e do grupo etnográfico angolano “Kilandukilu”.
Após o cortejo, estes bonecos vão ficar expostos na Praça Cavaleiro Ferreira, até ao último dia do Festival, para serem queimados como manda a tradição.
Cultura transmontana
além fronteiras
Durante dez dias vão ser realizadas diversas actividades, desde exposições de máscaras, espectáculos musicais alusivos aos sons angolanos e transmontanos, bem como a realização de um colóquio onde vão ser abordadas diversas temáticas referentes à máscara angolana e à máscara transmontana.
A duração da 2ª Bienal da Máscara foi reduzida face à edição anterior, uma vez que, segundo a organização, um mês de actividades provoca a dispersão das pessoas, o que consideram negativo para o sucesso do evento.
A Feira da Máscara é outra das actividades que se destaca neste evento, uma vez que os artesãos vão ter oportunidade de expor e vender os seus trabalhos ligados a esta temática, ao mesmo tempo que trabalham ao vivo, para satisfazerem a curiosidade dos visitantes.
Quanto à escolha da máscara angolana para caracterizar esta iniciativa, a directora do Teatro Municipal de Bragança, Helena Genésio, realça que, apesar de Angola ser um país de expressão portuguesa, também tem uma cultura ligada às máscaras. Contudo, no âmbito da internacionalização do evento, a Espanha e a Itália podem ser os países convidados para a próxima edição do evento.
Na óptica do presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, esta iniciativa tem uma grande importância na promoção da cultura do Nordeste Transmontano, uma vez que afirma a identidade das pessoas da região.