Qui, 29/06/2006 - 10:01
Pouco passava das 12 horas quando a sirene soou no quartel dos BVB, que colocaram no terreno oito homens e três viaturas: uma auto-escada, um veículo de combate a incêndios e um jipe de comando
Mas, quando os soldados da paz chegaram ao fundo da Rua 5 de Outubro viram-se impossibilitados de transpor o meco basculante que limita a circulação automóvel na Rua Alexandre Herculano. É que nem os bombeiros nem os elementos da PSP que se encontravam no local possuíam a chave mestra que faz descer o separador basculante.
Enquanto as autoridades estudavam formas de transpor o obstáculo, uma comerciante da zona gritou “precisam da chave?” e o veículo dos BVB pôde, finalmente, aproximar-se da habitação em perigo.
O episódio durou escassos minutos e não dificultou o combate às chamas, mas o certo é que a chave do pilar basculante não estava na posse dos bombeiros ou dos agentes da PSP.
Informações mal prestadas
Confrontado com esta situação, o comandante dos BVB, José Fernandes, explica que os homens que seguiram para o local do incêndio não foram informados da necessidade da chave. “Quem telefonou para a central disse que o incêndio era na rua 5 de Outubro e, se assim fosse, não era preciso chave, mas a ocorrência, afinal, era na rua Alexandre Herculano”, explicou o responsável.
José Fernandes afirma que a corporação possui uma chave para este tipo de situações e, mesmo que a comerciante não prestasse auxílio, “já vinha um bombeiro a caminho para nos entregar a chave”.
O incêndio teve origem numa frigideira, que a moradora da casa deixou ao lume no segundo andar, para atender a porta no rés-do-chão. Quando a habitante regressou ao fogão, as chamas já se tinham propagado às paredes, forradas a papel.
Segundo o comandante dos BVB, a cozinha ficou totalmente destruída, tal como a respectiva instalação eléctrica.
Apesar dos esforços, não foi possível auscultar o comandante da PSP acerca desta matéria.