Ter, 14/03/2006 - 15:31
Hoje em dia, uma mulher bonita está associada a um corpo escultural, a cabelos claros, beleza fundamentada nos padrões ocidentais de culto ao corpo, que exagera o conceito de perfeição.
A beleza feminina é cada vez mais reverenciada pelos media em anúncios que levam a mulher a dietas brutais e cruéis para conseguir um corpo perfeito.
Por analogia com estes conceitos, as jovens querem seguir as modas e estão agrilhoadas ao ideal de beleza da sociedade, para poderem ser aliadas à perfeição e serem felizes. Esta beleza conseguida artificialmente, através de tratamentos estéticos e cirurgias plásticas, levará realmente à felicidade?
Na minha opinião, a mulher devia cultivar a auto-estima, o espírito e não protagonizar tanto a beleza efémera que hoje em dia a rege e a subjuga. Uma mulher obsessiva e frágil que não consiga alcançar os padrões sociais do “belo” pode entregar-se à depressão, aos desejos compulsivos e às muletas como o cigarro, a bebida e outras dependências que podem causar danos irreparáveis.
A beleza física vai-se esfumando com os anos e a beleza interior, a cultura e os valores, esses prevalecem e fazem-nos sentir realizadas. São estes que devem ser valorizados e não as futilidades que podem levar a doenças (bulimia, anorexia, …) como consequência da ansiedade de querer atingir os ideais de beleza estereotipados que subordinam o mundo actual.
Ana Catarina