Ballet para todas as idades

Esta modalidade desportiva, inédita na região transmontana, teve início há quatro anos, com, apenas, cinco participantes e tem vindo a crescer ano após ano.
Segundo a responsável da autarquia pelas aulas de ballet, Adriana Angélico, esta iniciativa, destinada a meninas, cativou as crianças e os pais do distrito de Bragança.
No segundo workshop de ballet realizado em Bragança, as bailarinas mostravam entusiasmo na aprendizagem de novos passos, enquanto os pais admiravam o talento e a sensibilidade das filhas a dançarem ballet clássico.
A dança e a paixão pelo palco motivam, dia após dia, as pequenas bailarinas que deixam em aberto a possibilidade de seguirem uma carreira ligada à dança.
Na óptica da coordenadora pedagógica das aulas de ballet, Ana Kohler, há crianças a frequentar as aulas de ballet com um grande potencial artístico, contudo, a própria arte faz a selecção natural.
Mesmo que as pequenas bailarinas não sigam uma carreira liga à dança, a responsável acrescenta que qualquer arte tem um papel fundamental no desenvolvimento físico e intelectual das crianças.

Dança desenvolve capacidades

Esta posição é partilhada pela maioria dos pais, que consideram importante a participação das crianças em actividades extra curriculares.
“Tenho duas filhas que, para além de participarem nas aulas de ballet também têm aulas de música e de natação. Para além de andarem mais animadas, porque gostam destas actividades, também é uma forma delas conseguirem racionalizar melhor o tempo”, salientou António Fernandes.
Já Isabel Relvas inscreveu a filha de três anos nas aulas de ballet porque reconhece a aptidão da pequena bailarina para a dança. “Ela desde que começou a andar tem tendência para dar ritmo ao corpo quando ouve música. Também tenho outras pessoas na família que fazem ballet clássico e a minha filha também gosta muito”, acrescentou aquela mãe.

Escola de dança na mira

Apesar dos pais reconhecerem o talento dos filhos, a opinião é unânime quando se trata dos pequenos bailarinos seguirem uma carreira ligada à dança.
“Em Portugal é muito difícil brilhar como bailarino profissional. Ou se consegue uma bolsa para fazer uma carreira no estrangeiro ou é muito complicado sobreviver-se como bailarino”, lamenta Isabel Relvas.
As aulas de ballet, contudo, são cada vez mais procuradas, o que leva a JFS a apostar na criação de uma Escola Profissional de Dança.
Para já, a autarquia está a estabelecer contactos com a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), para que este projecto entre em funcionamento o mais rápido possível, com um maior número de modalidades.