Ter, 21/03/2006 - 15:23
Logo após a desactivação do couto mineiro, as ideias em torno da recuperação para fins turísticos foram surgindo, embora não exista nenhum projecto para integrar as nyigas minas num roteiro cultural e turístico.
O responsável do museu do Ferro de Torre de Moncorvo, Nelson Campos, já apresentou um projecto museológico para o concelho de Moncorvo, onde defende a criação de uma rede de visitas que contemple o património daquela zona transmontana.
Na óptica do especialista, Moncorvo devia seguir os modelos de requalificação de minas adoptado por outros países europeus ou mesmo portugueses, como foi o caso da recuperação do Parque Mineiro das Minas de S. Domingos, em Mértola.
Além disso, Nelson Campos defende a criação de um pólo do Museu do Ferro no antigo bairro da Ferrominas, para recuperar o espólio que se encontra abandonado na serra do Reboredo.
Esta ideia é refutada pelo presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Aires Ferreira, que afirma que o único projecto que existe é a requalificação das casas da Ferrominas, que nunca foram habitadas, tendo em vista a criação de um centro de férias do INATEL.
Questionado sobre a criação de um pólo museológico no Carvalhal, o edil afirma que o projecto não faz sentido enquanto o Museu do Ferro não for considerado um ex-libris de Torre de Moncorvo.
“O museu ainda não está funcionar a 100 por cento, pelo que não faz sentido estar a investir numa extensão do mesmo”, alega o Aires Ferreira, acrescentando que a construção do museu de arte sacra, etnografia e do castelo, associada à conclusão do Centro Memória, são as prioridades do actual mandato”.