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Azeite biológico gera maior rendimento

Ter, 20/12/2005 - 15:22


O azeite biológico pode ser um bom acréscimo ao rendimento das explorações agrícolas da região, tendo em conta que o seu preço de mercado é superior ao do azeite comum.

Mas, para tal, é preciso que os produtores se associem em torno da comercialização
e procurem os nichos de mercado onde uma garrafa de azeite biológico, com 0.20 litros, pode custar entre seis e sete euros.
Este foi o mote do IV Encontro de Olivicultores promovido pela Associação de Produtores Agrícolas Tradicionais e Ambientais (APATA), que decorreu em Mogadouro no passado fim-de-semana. As jornadas serviram, igualmente, para efectuar uma demonstração de máquinas agrícolas e fomentar o convívio entre olivicultores.
Segundo Armando Pacheco, dirigente da APATA, o azeite biológico tem de passar por entidades certificadoras, ao passo que os produtores têm de pertencer a uma associação reconhecida para o modo de agricultura biológica.
No concelho de Mogadouro já existem produtores com lagar próprio que se dedicam, em exclusivo, à produção de azeite biológico de qualidade e que o começam a comercializar um pouco por toda a região.
Em Sampaio, pequena aldeia das margens do rio Sabor, há um exemplo de sucesso. Trata-se do rótulo “Valcovo”, um azeite de qualidade produzido em instalações certificadas e reconhecidas internacionalmente.

Quantidade a favor da qualidade

Apesar de este ser um ano mau em termos de quantidade, a qualidade parece manter-se, o que vai agradando aos produtores, dada a majoração que os produtos têm nos mais diversos mercados.
Manuel Luís Varandas, produtor do rótulo Valcovo, garante que, apesar da produção ainda não ser suficiente para apostar em campanhas de promoção de âmbito internacional, o mercado nacional pode ser uma boa opção, pois permite colocar o produto em lojas especializadas na venda de produtos regionais.
O empresário agrícola garante que promoção do seu produto vai ser feita de forma gradual, até porque os seus 50 hectares de olival estão em fase de evolução.
“Os agricultores que estão dispostos a trabalhar no modo biológico têm que, à partida, contar com um grau de exigência por parte dos organismos certificadores, já que o controlo é apertado”, refere o produtor.
Manuel Varandas defende, ainda, que com os apoios da União Europeia e com a procura dos produtos de modo biológico em crescimento, a rentabilidade pode ser considerável.
Este produtor do concelho de Mogadouro tem em funcionamento um lagar tradicional certificado, que transforma, apenas, a azeitona da sua exploração, uma da exigência da entidade certificadora.