Autárquicas ainda mexem

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Qua, 02/11/2005 - 14:41


A polémica estalou em Macedo de Cavaleiros, com o executivo camarário e a Assembleia Municipal a tomarem posse em dias diferentes.

Dia 14 de Outubro foi a vez da Câmara municipal assumir funções, com o argumento que o “timing” escolhido era o que melhor servia os interesses do município. A cerimónia não contou com a presença dos dois vereadores eleitos pelo PS, estando apenas presentes os cinco membros eleitos pelo PSD.
Fernando Gomes, na altura presidente da Assembleia Municipal, dirigiu o acto que empossou Beraldino Pinto no seu segundo mandato à frente dos destinos macedenses.
O edil agradeceu o voto de confiança reflectido na votação do passado dia nove, considerando que o reforço se traduz num reforço da responsabilidade do executivo. O autarca prometeu não esmorecer, em momento algum, na construção do futuro do concelho, referindo o importante papel que todos têm nessa tarefa, desde o simples cidadão às empresas e associações.

Assembleia Municipal instalada

Por seu turno, a Assembleia Municipal de Macedo de Cavaleiros foi instalada, formalmente, no passado dia 29, numa cerimónia realizada no auditório da Associação Comercial de Macedo de Cavaleiros. O acto decorreu sem incidentes, salvo o facto de alguns dos presentes terem que repetir as assinaturas, pois numa das folhas houve quem não assinasse no local que lhe estava destinado.
O novo presidente daquele órgão autárquico, Adão Silva, espera que a Assembleia Municipal, solidária com a autarquia, “seja o encontro das vontades políticas do concelho e que encontre a arte e o engenho para ser locomotiva do desenvolvimento do concelho”.

PS reage

Momentos antes da tomada de posse da Assembleia Municipal, o PS convocou uma conferência de imprensa em que condenou a forma como a autarquia tomou posse, no dia 14 de Outubro.
O presidente da Concelhia rosa de Macedo de Cavaleiros, Luís Vaz, revelou que os vereadores da oposição foram informados do acto, apenas no dia anterior, e não através de carta registada com cinco dias de antecedência, conforme refere a lei.
Estas declarações são resposta a um vereador do PSD que considerou antidemocrática a atitude dos vereadores do PS, ao não comparecerem na tomada de posse. Na conferência de imprensa o dirigente referiu, ainda, que a lei prevê a tomada de posse da autarquia e da Assembleia Municipal em simultâneo, o que não se verificou, chegando mesmo a afirmar que, “possivelmente, terá que se realizar novamente”.