Autarcas unidos pela DRATM

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Ter, 31/01/2006 - 15:40


Os doze autarcas do distrito de Bragança estão unidos na luta contra o eventual encerramento da Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes (DRATM), sedeada em Mirandela.

Perante a extinção dos serviços agrícolas de Trás-os-Montes e Entre Douro e Minho, para dar lugar a uma só Direcção Regional de Agricultura na zona Norte, os autarcas do Nordeste Transmontano exigem que a sede fique em Mirandela.
Entre os argumentos apresentados para exigir a instalação dos serviços regionais do Ministério da Agricultura na região, os representantes dos municípios destacam o peso da agricultura na economia do Nordeste Transmontano.
No documento elaborado em defesa da DRATM, que foi apresentado ontem à comunicação social, pode ler-se que “em Trás-os-Montes e Alto Douro, a actividade agrícola é a principal fonte de rendimento de 46 por cento da população activa”.
O porta-voz dos autarcas, Jorge Nunes, afirmou, ainda, que os serviços agrícolas devem estar cada vez mais perto dos homens da lavoura, para combater o abandono progressivo da agricultura na região transmontana.

Falta de técnicos agrícolas

Durante o discurso, o edil bragançano alertou, também, para a falta de técnicos nos serviços de apoio aos agricultores a nível concelhio, tendo destacado os concelhos de Vimioso e Freixo de Espada à Cinta, onde não existe nenhum técnico agrícola.
O desenvolvimento do Mundo Rural e a revitalização da economia regional foram, igualmente, pontos salientados naquele documento assinado pelos 12 autarcas do distrito de Bragança, que vai ser enviado ao Primeiro-Ministro, Ministro da Agricultura, Governador Civil de Bragança e deputados das Assembleias Municipais do distrito.
Os argumentos dos representantes do Nordeste Transmontano foram sustentados pelo Plano Nacional de Desenvolvimento Rural 2007/2013, que define como metas prioritárias uma agricultura economicamente competitiva e a melhoria da qualidade de vida e diversificação da economia nas zonas rurais.
Perante o cenário da possível reestruturação dos serviços agrícolas na região, os autarcas perguntam: “Como seria possível atingir esses propósitos com uma direcção regional localizada no litoral e longe de qualquer conceito de proximidade com os agricultores que mais precisam de apoio?”
Segundo Jorge Nunes, a próxima reunião dos representantes dos 12 municípios está marcada para o próximo dia 6 de Fevereiro, em Alfândega da Fé, onde vai ser discutida a problemática do abandono de algumas linhas de transportes públicos por parte dos operadores privados, devido à falta de rentabilidade económica.