Ter, 21/03/2006 - 14:53
Naqueles dois cursos de água há várias espécies de peixes como bogas, escalos, ou barbos, que nesta altura do ano, e até ao final de mês de Abril, sobem as águas dos dois ribeiros para desovar.
Segundo o presidente da ADCPC, Sérgio Vaz, há vários anos que alguns pescadores da zona utilizam, indevidamente, redes muito finas para pescar aquelas espécies, num acto que acaba por tapar a única saída dos peixes para regressarem, novamente, ao rio Sabor.
“Esta actividade resulta na captura de vários milhares de peixes, que acabam por não desovar e morrer, o que contribui para diminuir significativamente o efectivo da várias espécies de peixes que ali nidificam, impedindo-os de se reproduzirem e acabando por alterar a vida no ecossistema”, explicou Sérgio Vaz ao Jornal NORDESTE.
Proibido pescar
Recorde-se que as duas ribeiras têm placas de proibição de pesca, por serem considerados “refúgio de peixe”. Apesar de tudo, “os abusos são sistemáticos”, lamenta o dirigente.
Para evitar este tipo de situações, a ADCPC tem vindo a sensibilizar a comunidade, “mas há sempre pessoas irresponsáveis que não tomam os avisos em conta”, acrescenta Sérgio Vaz, ao mesmo tempo que exige “mais fiscalização” por parte das autoridades competentes.
Sendo assim, os receios da associação mantêm-se, dado que a prática ilegal pode pôr em risco os próprios “peixinhos do rio”, um petisco gastronómico muito apreciado na região.
De acordo com fonte do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR, naquela área há registo de apreensão de redes e de outros instrumentos de pesca, bem como a aplicação de multas a pescadores ilegais.