Ter, 21/02/2006 - 14:50
No entanto, os comerciantes afirmam estar cansados desta onda de assaltos, que tem causado elevados prejuízos aos homens do negócio, dia após dia.
Segundo Luís Ferreira, proprietário duma frutaria, no espaço de quatro dias a sua loja foi assaltada três vezes.
O empresário garante que o truque usado pelo larápio para entrar no estabelecimento comercial é sempre o mesmo, dado que o jovem utiliza diversos objectos para rebentar as fechaduras e partir os vidros nos casos onde não conseguem abrir as portas.
Os comerciantes dizem tratar-se de mais que um assaltante, contudo, Luís Ferreira já identificou o larápio que “visitou” mais que uma vez a sua loja.
“Na madrugada de sexta-feira decidi pernoitar na frutaria e consegui apanhar o indivíduo, que, posteriormente, entreguei às autoridades”, acrescentou o comerciante.
De acordo com o lojista, trata-se de um rapaz residente no Patronato de Santo António, em Bragança, que consegue evadir-se da instituição, criando, assim, um clima de insegurança na cidade.
Também José Carlos, proprietário de um café na cidade, assegura que o seu estabelecimento comercial já foi alvo de assalto mais de quatro vezes, no espaço de uma semana.
Clima de insegurança
“A primeira vez que fui assaltado apanhei cá o indivíduo. A segunda vez tocou o alarme e o larápio fugiu. Durante esta semana, já houve mais duas tentativas de assalto, mas não conseguiram entrar”, conta o comerciante.
Os empresários garantem não ter memória de uma vaga de assaltos desta dimensão na capital de distrito do Nordeste Transmontano.
“Sou comerciante há mais de 50 anos e não me lembro de uma onda de prejuízos de tal ordem. Agora é todos os dias”, acrescenta Vitorino Miranda, proprietário de uma loja no centro da cidade.
Telmo Lopes, empresário do ramo do calçado, lamenta, igualmente, esta situação de insegurança vivida pelos comerciantes, dado que considera que o prejuízo material é superior aos valores furtados.
Os comerciantes reclamam, ainda, mais policiamento na rua, ao mesmo tempo que defendem que as autoridades deviam ter mais poder.
“Segundo sei já não é a primeira vez que o indivíduo é detido, mas sai e volta a roubar. Por isso não estranho que volte a acontecer”, concluiu Luís Ferreira.