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ASCUDT denuncia barreiras arquitectónicas

Ter, 20/12/2005 - 14:45


Os obstáculos com que se deparam as pessoas portadoras de deficiência física no dia-a-dia foram lembrados, mais uma vez, na festa de Natal da Associação Sócio-Cultural dos Deficientes de Trás-os-Montes (ASCUDT).

O convívio foi o sentimento dominante durante o almoço de Natal, que decorreu no passado sábado, onde cerca de 75 utentes, familiares e associados estiveram reunidos para comemorarem esta quadra festiva à moda antiga.
Em plena época natalícia, o presidente da ASCUDT, João Carlos Afonso, lembrou os principais problemas com que se deparam os deficientes para resolverem os problemas do dia-a-dia.
A largura dos passeios, a colocação da sinalização, o parqueamento dos automóveis, as passadeiras e a altura das caixas Multibanco são alguns dos obstáculos que dificultam a vida daqueles que têm que se deslocar em cadeira de rodas.

Construção da sede
é um sonho

Para João Carlos Afonso, estes obstáculos são pequenos em termos de resolução mas enormes para quem tem de conviver com eles diariamente, pelo que apela ao bom senso daqueles que tomam decisões para evitarem a criação de barreiras arquitectónicas.
O responsável deu o exemplo da construção das casas de banho, como método de discriminação das pessoas portadoras de deficiência.
“Em vez de construírem casas de banho para homens, mulheres e deficientes, porque é que não constroem estes equipamentos para homens e mulheres que estejam adaptadas aos deficientes?”, questiona João Carlos Afonso.
A construção da sede da ASCUDT, reivindicada há cerca de 11 anos, volta a ser lembrada pelo presidente daquela instituição, que se mostra indignado com o facto do Governo não ter disponibilizado verbas em PIDDAC para a construção daquela infra-estrutura.
As actuais instalações são demasiado pequenas para dar resposta aos pedidos efectuados pela sociedade, nomeadamente ao nível do internato. “Dispomos, apenas, de quatro salas cedidas pela Obra Kolping, que não nos permitem dar resposta as vários pedidos que nos têm chegado de diferentes pontos do País”, acrescentou o responsável.
Em plena época natalícia, a ASCUDT gostaria de ver realizado o sonho da construção da sede, bem como a diminuição das barreiras arquitectónicas que dificultam a vida aos deficientes que se deslocam na cidade.
No início do próximo ano, a ASCUDT vai ter uma nova direcção, dado que a eleição dos futuros membros decorreu, igualmente, no passado sábado.