Amêndoas entregues nas cooperativas

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Ter, 24/10/2006 - 10:48


Os produtores de amêndoa vão ter que seguir as novas regras da comercialização e entregar a sua produção em cooperativas de recolhas de amêndoas e frutos secos.

Em Trás-os-Montes há cinco colectividades em processo de reconhecimento que já recebem amêndoa dos seus associados desde a campanha de 2005/06. Até então, a comercialização era livre, uma vez que os produtores se candidatavam directamente a programas comunitários.
O valor de ajudas à produção ronda os 623 euros por hectare, uma verba que, na óptica do vice – presidente da Associação de Produtores Agrícolas Tradicionais e Ambientais (APATA), Armado Pacheco, “é significativa para o agricultor”. No entanto, “as regras estipuladas pela cooperativa a quem o produtor vai entregar a sua amêndoa têm que se cumprir”, adverte o dirigente.
Toda a produção recolhida, à excepção da que é para consumo próprio, terá que ser entregue à respectiva cooperativa, caso contrário a amêndoa não poderá ser comercializada pelo proprietário.
Neste sentido, “existe um acordo entre as cooperativas e a supervisão da Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, que impede os produtores de transaccionar a amêndoa directamente com um intermediário”, avançou Armando Pacheco.
Se agricultor for expulso de uma cooperativa, por justa causa, poderá não ser aceite noutra associação que se dedique a comercialização e recolha de amêndoa. A par desta medida, o produtor deixa, igualmente, de receber ajudas e o dinheiro recebido pelo infractor pode ter que ser devolvido à União Europeia.
Na óptica dos agricultores, esta pode ser uma forma de rentabilizar a amêndoa, incentivando a produção, uma que, deste modo, desaparecem os intermediários o que origina mais lucros.