Ter, 21/02/2006 - 14:55
O dirigente associativo relembra que há ajudas provenientes do Estado que, no ano passado, rondaram os 356 euros por hectare, mas só as recebe quem aderir a uma organização de produtores reconhecida. Esta situação já acontece em alguns concelhos transmontanos como é caso de Valpaços, Foz Côa, Torre de Moncorvo e, no futuro, Freixo de Espada à Cinta.
Os agricultores, por seu lado, “devem, duma vez por todas, aderir ao associativismo, de forma a receber as ajudas que são atribuídas ao sector, pois só desta forma é que se pode aproveitar todo o potencial económico do amendoal”, alega o responsável.
Segundo Joaquim Grácio, “os autarcas dos concelhos produtores de amêndoa têm de olhar para esta cultura com afirmação e não se lembrarem da amendoeira só na altura da floração, na perspectiva de atraírem visitantes de outros pontos do país às festas e feiras”.
Só em Trás-os-Montes e Alto Douro e parte do Algarve desapareceram, nos últimos 15 anos, mais de cinco milhões de amendoeiras. Por isso, alega o dirigente, “é preciso chamar a atenção para uma situação que acarreta prejuízos de vários milhões de euros na já débil agricultura transmontana”, alega Joaquim Grácio.
Este ano a floração da amendoeira está atrasada e só deverá atingir o seu pleno no início de Março, devido às geadas que se fizeram sentir e à falta de água.