Qua, 08/02/2006 - 10:08
Com a celebração do protocolo entre a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Alfândega da Fé (EDEAF) e a SATIVA, entidade certificadora, na passada sexta-feira, estão “construídos os pilares” para fazer desta vila o primeiro concelho do País com todos os produtos biológicos certificados. Ainda que outras regiões tenham, já, algumas variedades de produtos certificados, Alfândega da Fé pretende rentabilizar toda a sua produção biológica.
A iniciativa visa criar as condições para a dinamização do sector agrícola na região, facultando aos produtores os mecanismos e equipamentos necessários para a rentabilização do seu trabalho. Consequentemente, além da agricultura, pretende-se fomentar o desenvolvimento económico do concelho e, deste modo, promover a fixação da população na região.
Espera-se que os produtos de Alfândega da Fé sejam, dentro de poucos anos, reconhecidos no mercado português. Quem o diz é o administrador executivo da EDEAF, Cruz Oliveira, avançando que a certificação biológica é de uma extrema importância. “Os produtos são mais caros e de uma excelente produção, o que faz com que sejam os preferidos no mercado”, sustenta o responsável.
Cruz Oliveira sublinhou que a função da EDEAF será informar os produtores acerca da agricultura biológica, prestando-lhes todo o apoio técnico necessário para que, deste modo, sejam cumpridos os requisitos inerentes às regras da produção e comercialização biológica. Além disso, a empresa vai promover o escoamento dos produtos certificados.
EDEAF com casa nova
O pavilhão onde se vai instalar a EDEAF deverá estar concluído no próximo mês. O espaço vai acolher, segundo o presidente da Câmara de Alfândega da Fé, João Carlos Figueiredo, “a Alfamel, duas cozinhas regionais, uma queijaria e uma pequena fábrica de doçaria regional, entre outros”.
O espaço está a ser criado no sentido de apoiar os agricultores no tratamento, certificação e venda da sua produção. Recorde-se que no concelho de Alfândega da Fé existem diversos produtos que, por falta de rentabilização e controlo, não podem ser transportados para o mercado nacional ou internacional, tal como exemplificou Cruz Oliveira. “Temos boas produções de queijo que, por não ser embalado, rotulado e certificado não sai para o mercado. Agora, vamos ter queijo Terrincho de Alfândega da Fé certificado e de qualidade”.