Alergia leva alunos ao hospital

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Ter, 05/12/2006 - 14:58


21 alunos da Escola EB2,3 Augusto Moreno foram assistidos no Hospital Distrital de Bragança, na passada sexta-feira, por apresentarem comichão no corpo e dificuldades em respirar.

As crianças terão estado a brincar com uma planta de pluma branca, existente no recreio do estabelecimento, reagindo de forma alérgica aos componentes daquele vegetal usado para decoração.
Segundo a presidente do conselho executivo da Escola Augusto Moreno, Emília Estevinho, tudo começou ao final da manhã, quando três crianças se queixaram de comichão no corpo e foram assistidos no Centro de Saúde.
No entanto, a situação agravou-se por volta das 16 horas, altura em que os sintomas de comichão e falta de ar começaram a ser manifestados por um maior número de alunos, o que obrigou ao transporte das crianças para o hospital.
Após terem sido assistidas pela pediatra Manuel Ferreira, os mais pequenos confirmaram que tinham andado perto da planta, acrescentando que, após a medicação, já se sentiam melhor.
“Havia colegas meus a brincar com a planta, as sementes andavam no ar e eu acabei por ficar com comichão. Agora vou tomar uns comprimidos e vou ficar bem”, afirmou André Campos, de 12 anos.

Encarregados de Educação mostraram-se descontentes por não terem sido informados devidamente do estado de saúde dos filhos

Os sintomas de comichão e falta de ar também atacaram Marta Rodrigues, de 14 anos, uma das alunas que apresentou uma reacção alérgica mais intensa.
“Estava com comichão, falta de ar, mau estar e tonturas. Penso que foi das plantas porque almoçámos todos na escola e só alguns ficaram com alergia”, acrescentou a estudante.
Daniela Fonseca também foi afectada. A aluna diz não ter andado a brincar com as canas da planta, mas afirma que esteve ao pé de colegas que tinham plumas na mão.
Apesar do vegetal já se encontrar na escola há vários anos, a presidente do conselho executivo afirma que foi a primeira vez que os estudantes manifestaram uma reacção alérgica generalizada.
Após o surto, a responsável afiança que a planta vai ser retirada do recreio, de forma a evitar problemas futuros.
Enquanto aguardavam por informações sobre o estado de saúde dos filhos, alguns pais criticavam os responsáveis da escola pelo facto dos pais não terem sido avisados devidamente.
“A minha filha tem telemóvel e eu só soube através de uma cunhada, senão ia buscá-la à escola tal como nos outros dias”, lamentou Helena Pereira, mãe de uma aluna do 5º ano.
Ao final da tarde, Manuela Ferreira garantiu que todos os alunos iriam ter alta no próprio dia, acrescentando que as probabilidades da reacção alérgica ter sido provocada pela planta são de 99,9 por cento.