Ter, 22/05/2007 - 10:24
A remodelação do espaço custou aos cofres da Câmara Municipal de Vinhais (CMV) cerca de 70 mil euros, financiados em 75 por cento pelo Interreg.
No mesmo dia também foi aberto ao público o Museu Etnográfico e Rural, que guarda centenas de peças, desde alfaias agrícolas aos utensílios usados para transformar o linho.
No local são recordados os tempos em que a população se dedicava à transformação do linho em tecidos, que, actualmente, têm um valor incalculável. Entre as alfaias agrícolas usadas no cultivo das terras encontram-se peças que caíram em desuso, devido à mecanização, como é o caso do malho, das medidas e da balança tipo romana.
Divulgação dos museus deverá cativar visitantes de Portugal e Espanha
A peça mais antiga remonta ao século II. Trata-se de uma Ara Votiva Romana, um granito que era oferecido a uma divindade quando alguém fazia uma promessa. Esta peça secular foi encontrada na freguesia de Agrochão, numa zona onde passam as Vias Augustas.
Estes objectos históricos, na sua maioria recolhidos na aldeia, estão agora catalogados e podem ser vistos, diariamente, nos museus de Agrochão.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia, José Alberto Pires, as pessoas deram um contributo importante para a concretização destes projectos, através da doação de instrumentos antigos que já não utilizavam.
O próximo passo é a divulgação destes espaços, para que sejam visitados por um grande número de pessoas. “O museu do azeite está integrado numa rede de museus galaico-portuguesa que tem uma promoção conjunta feita por Portugal e Espanha”, realçou o presidente da CMV, Américo Pereira.
O edil realça ainda que a autarquia está disposta a suportar os custos com o recursos humanos, para que as duas unidades museológicas possam estar abertas todos os dias.