Ter, 16/05/2006 - 14:50
Para já, existem cerca de 40 camas, distribuídas pelos abrigos de montanha das aldeias de Dine, Montesinho e Montouto, no concelho de Bragança, e Moimenta, no concelho de Vinhais.
Segundo o director do PNM, Jorge Dias, a taxa de ocupação destas casas de turismo rural ronda os 35 por cento, mais 15 por cento do que no ano passado.
“No primeiro ano que estes abrigos foram abertos ao público, através da realização de protocolos entre as associações e as Juntas de Freguesia locais, a ocupação foi de cerca de 20 por cento, um valor que tende a aumentar, ano após ano”, acrescentou o responsável.
A manutenção dos abrigos fica a cargo das associações ou autarquias, enquanto o PNM é responsável pela promoção e garantias de qualidade do serviço. Os lucros são repartidos pelas duas entidades, ficando o Parque com 40 por cento e a associação ou autarquia com os restantes 60 por cento.
Juntas e associações no terreno
No caso da casa de turismo rural de Montesinho, protocolada com a Associação da Defesa dos Interesses da Aldeia de Montesinho (ADIAMO), a taxa de ocupação atinge os 50 por cento, sendo as épocas festivas, o Verão e os fins-de-semana os pontos altos da procura.
Segundo o secretário da ADIAMO, António Pereira, esta é uma boa solução para rentabilizar aquele espaço e, ao mesmo tempo, divulgar a região através do turismo rural.
Na Moimenta existe uma casa com quatro quartos e um estúdio que é alugado em separado, sendo este espaço mais apetecível para os casais.
“Aos fins-de-semana os abrigos têm estado quase sempre ocupados. O problema que se coloca é que, quando são casais e o estúdio está ocupado, a casa é muito grande, tem um preço bastante alto e as pessoas acabam por ir embora”, salientou o presidente da Junta de Freguesia da Moimenta, Duarte Pires.
Na óptica do autarca, a casa deveria ser dividida ou praticar preços mais baixos para casais.
Seis abrigos por recuperar
Neste momento, o ICN já recuperou seis das 12 casas que se encontram espalhadas pelas aldeias que integram o PNM.
Quanto aos abrigos que ainda se encontram degradados, a requalificação está prevista para o próximo ano, visto que algumas infra-estruturas precisam de uma intervenção profunda devido ao estado de degradação avançado.
“As casas que faltam recuperar necessitam de um investimento avultado, pelo que nesta altura é complicado conseguir a verba para esses projectos”, realça Jorge Dias.
No que diz respeito ao património do ICN, recorde-se que foram doados dois imóveis: um à Associação Amigos de Montesinho e outro à Junta de Freguesia de Rio de Onor.