A7 e NUT III

Seis anos mais tarde, a abertura da A7, de Vila Pouca de Aguiar a Vila do Conde, vem reforçar a necessidade de criar uma ligação rápida entre aquelas duas cidades transmontanas.
Tanto assim é, que os autarcas de Chaves e Vinhais consideram “fundamental” o prolongamento da A7 até Bragança como forma de desencravar o Nordeste Transmontano, principalmente depois da abertura total da A24, no troço Vila Real- Chaves-fronteira de Vila Verde da Raia.
Depois, há que ter em conta o novo mapa da NUT III, que o Jornal NORDESTE dá hoje a conhecer, embora em versão provisória.
Apesar do novo desenho de organização dos municípios ainda carecer do aval de Bruxelas, é mais que certo que nove concelhos do distrito de Bragança vão ter de se habituar a trabalhar em conjunto com os cinco municípios do Alto Tâmega, actualmente pertencentes ao distrito de Vila Real.
E, para que esta relação funcione na perfeição, são necessárias estradas, por sinal a unir duas cidades médias que, apesar de distarem 100 quilómetros apenas, há muitos anos que andam de costas voltadas. Claro está que a criação da NUT III poderá contribuir para acabar com este divórcio entre Bragança e Chaves, embora tenha de ser a Administração Central a decidir se quer criar um novo corredor entre Bragança, Vinhais, Valpaços e Chaves. Se assim não for, tanto pior para o concelho de Bragança e para todos os municípios que constituem o Planalto Mirandês.
Nunca é demais lembrar que, dentro de poucos meses, Mirandela ficará a escassos 15 minutos de Valpaços, fruto da abertura duma nova estrada que unirá as duas cidades. As relações comerciais destes dois concelhos vizinhos vão intensificar-se, abrindo novas perspectivas de mercado às empresas e à, já por si, forte actividade agrícola da Terra Quente e do Alto Tâmega.
Atendendo às circunstâncias e ao desenho da NUT III, é inevitável voltar a defender uma rápida ligação entre os municípios que vão fazer parte deste novo mapa.