Seg, 10/04/2006 - 23:43
Os postais vão ser distribuídos por todos os habitantes do distrito de Bragança, numa iniciativa que tem como principal objectivo incentivar os cidadãos a reclamar investimento público para a região.
Segundo o membro da Comissão Concelhia de Bragança do PCP, Lídio Correia, estas reivindicações não são partidárias, visto que as exigências vão passar a ser de todos os cidadãos que subscreverem o postal.
Durante a conferência de imprensa onde foi apresentada esta forma de luta, os comunistas salientaram, ainda, que o actual Governo tem vindo a praticar uma violenta ofensiva contra o interior norte do País, que se estende a todo o distrito de Bragança e a todos os sectores dos serviços públicos.
“A saúde, a educação, a justiça e a administração são direitos devidos e garantidos constitucionalmente aos cidadãos, independentemente do seu lugar de naturalidade e residência”, realça Lídio Correia.
Audiência recusada
Sob o lema “O País precisa de nós”, no postal é exigida a construção do novo hospital de Bragança, a manutenção das duas maternidades do Nordeste Transmontano, a criação da universidade pública, a construção da auto-estrada entre Amarante e Quintanilha e de uma nova e moderna linha de caminho de ferro.
A estas reivindicações juntam-se, ainda, um programa de apoio à agricultura familiar e defesa do Mundo Rural, bem como um programa de fomento e apoio à instalação de pequenas e médias empresas.
Além disso, o PCP exige a demissão do conselho de administração do Centro Hospitalar do Nordeste (CHN), cujo presidente terá recusado a audiência solicitada pela Assembleia Municipal de Bragança (AMB).
“Enquanto esta entidade recusa o pedido feito pela capital de distrito, recebeu o presidente da Câmara Municipal de Mirandela e da Comissão de Saúde da Assembleia Municipal de Macedo que tinham o mesmo propósito”, acrescentaram os comunistas.
Apesar da AMB ainda não ter reagido à atitude do CHB, o PCP decidiu pronunciar-se. “Esta situação revela a incapacidade da administração do centro hospitalar comunicar com os representantes das populações credoras da dignificação dos cuidados de saúde constitucionalmente garantidos”, alega Ilídio Rodrigues.