130 alunos deslocados

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Ter, 03/10/2006 - 14:54


Apesar das 38 escolas do 1º ciclo encerradas, o ano lectivo arrancou dentro da normalidade no concelho de Macedo de Cavaleiros. Integrados em cinco escolas de acolhimento (EB 1 n.º1, Podence, Chacim, Morais e Vilarinho de Agrochão), os cerca de 130 alunos deslocados já têm colegas para brincar no recreio e jogos lúdicos.

Esta nova realidade é, assim, uma das vantagens que o presidente do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros (AEMC), Paulo Dias, salienta como resultado da reorganização da rede escolar implementada este ano lectivo. “As crianças integram-se em escolas com mais de dez alunos e acabam por interagir mais do que anteriormente”, aponta.
Além das actividades extra – curriculares, como música e educação visual, que promovem “o desenvolvimento das capacidades dos mais novos”, o responsável adianta que o AEMC dispõe de uma “bolsa” de docentes, de forma a garantir que, no caso de um professor faltar, nenhum estudante fique sem aulas.
Recorde-se que estava prevista a manutenção de seis escolas de acolhimento. Contudo, o estabelecimento de Bornes foi encerrado porque os pais dos alunos deslocados para essa localidade preferiram inscrever as crianças em Macedo de Cavaleiros.
O AEMC registou, ainda, a mudança dos alunos da escola de Vilarinho de Agrochão para o concelho de Torre de D. Chama, uma vez que, devido à sua localização e proximidade, “as pessoas identificavam-se mais com aquela vila do que com esta localidade”, informou Paulo Dias.
Recorde-se que encerraram as escolas de Bornes, Cortiços, Cernadela, Vale Benfeito, Carrapatas, Lombo, Peredo, Olmos, Vale de Prados, Castelãos, Gradíssimo, Latães, Limãos, Vilar do Monte, Vale da Porca, Travanca, Vinhas, Talhinhas, Bagueixe, Talhas, Lagoa, Brinço, Corujas, Lamas de Podence, Comunhas, Stª Combinha, Mogrão, Soutelo Mourisco, Ferreira, Edroso, Murçós, Espadanedo, Meles, Ala, Arcas, Lamalonga e Fornos de Ledra.

Centro escolar arranca brevemente

Está para breve o início da construção do novo centro escolar de Macedo de Cavaleiros. Trata-se de um equipamento que assegurará o fim dos horários duplos das crianças e permitirá a implementação da “escola a tempo inteiro”, ou seja, das 9 às 17 horas.
“Representa um grande esforço para a autarquia, mas dentro de dois anos teremos o centro concluído”, garantiu a vereadora da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros (CMMC), Sílvia Garcia.
As dificuldades financeiras foram, de resto, os maiores entraves que a autarquia teve que enfrentar no que diz respeito à reorganização da rede escolar. “O ministério avançou com esta decisão sem transferir, praticamente, nenhumas verbas para os municípios”, refere a responsável. Deste modo, os gastos com os transportes e alimentação das crianças foram suportados pela CMMC. “Não íamos pedir aos pais que ajudassem nessas despesas, pois, além dos seus filhos serem deslocados, não lhes agradaria essa medida. Por isso, suportamos estes gastos na totalidade”, avançou Sílvia Garcia.