Ter, 23/01/2007 - 17:08
O processo do Museu do Côa arrastou-se durante perto de uma década, estando integrado na estratégia global dos investimentos anunciados após a descoberta das gravuras rupestres em 1994. O Museu foi inicialmente pensado para a zona onde começou a ser construída a barragem, na Canada do Inferno, mas a obra foi suspensa com a descoberta das gravuras no rio Côa.
Posteriormente, o museu foi reavaliado e deslocalizado para uma encosta sobranceira à confluência dos rios Douro e Côa, no Vale de José Esteves, na zona Norte do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC). Foi para este local – uma área de seis mil metros quadrados e 190 metros de cumprimento, o equivalente a um porta-aviões – que os arquitectos Tiago Pimentel e Camilo Rebelo idealizaram um monólito com janelas em frestas, semi-enterrado e com oito metros de altura na vertente virada para o vale do Douro. Com uma forma triangular, o museu será o resultado de três condições topográficas, em que o ponto mais alto do terreno está “entalado” entre os Vales do Forno e o de José Esteves, abrindo uma terceira frente que vai de encontro aos rios Douro e Côa.