Ter, 23/01/2007 - 17:07
A obra, há muito desejada e considerada de grande importância para o desenvolvimento do turismo na região, está orçada em mais de 11,5 milhões de euros e deverá ficar concluída no último trimestre de 2008.
O início desta empreitada deixou satisfeito o autarca de Foz Côa, Emílio Mesquita para quem o Museu do Côa terá “grande impacto” no concelho, mas também em “toda a região”. Trata-se de uma obra “muito importante, estratégica e estruturante”, reforçou. A juntar às gravuras rupestres, o equipamento permitirá atrair turistas “um pouco de toda a Europa”, ambiciona o edil, servindo ainda para que Foz Côa ganhe “toda uma dimensão e uma centralidade incomparáveis”.
Após um processo que teve bastantes recuos e avanços até começar a ser implementado no terreno, Emílio Mesquita acredita que desta vez os prazos serão cumpridos, até porque “está tudo assegurado em termos de financiamento”. De resto, “o empreiteiro a quem a obra foi entregue tem capacidade para fazer muitas coisas de um modo rápido”, sublinhou.
Conteúdos assentarão na divulgação e preservação da arte rupestre do Vale do Côa, Património da Humanidade
A obra adjudicada ao grupo nortenho “MonteAdriano”, da Póvoa de Varzim, tem financiamento assegurado pelas verbas inscritas no PIDDAC do Instituto Português de Arqueologia (IPA), sendo que, a partir da data da consignação, a construtora tem 600 dias para concluir os trabalhos. De acordo com uma nota da Câmara de Foz Côa, o Museu terá o seu âmbito e conteúdos assentes “na divulgação e preservação da arte rupestre do Vale do Côa, classificada como Património Nacional e Património da Humanidade pela UNESCO”.
Por outro lado, “de forma a preservar e valorizar o património, o IPA aposta numa exposição permanente que assentará na produção de réplicas dos painéis de arte rupestre e na inclusão dos originais em risco de destruição, caso sejam mantidos nos locais de origem”. Quanto ao trajecto expositivo, será desenvolvido de forma a possibilitar duas alternativas: um percurso cronológico e outro temático, sendo ainda criado, “como oferta complementar”, um núcleo com a função de “showroom”, “tanto dos trabalhos arqueológicos em curso na região, como de espólio à guarda do Museu”. Ainda segundo a autarquia, as obras de construção do edifício, arranjos exteriores e acesso rodoviário serão financiadas através do Programa Operacional do Centro.
Já o Programa Operacional da Cultura suportará as verbas para a instalação da exposição permanente e toda a área de museografia, sinalética interior e exterior, bem como pela aquisição de terrenos imprescindíveis ao empreendimento.
RICARDO CORDEIRO
O Interior - Rede Expresso