Europa financia produtos de qualidade

Segundo o responsável, o QREN vai pôr à disposição dos portugueses 230 milhões de euros para a produção, divulgação e promoção de produtos de qualidade reconhecida.
O governante, que falava durante a XVI Feira do Fumeiro e do Presunto de Barroso, deu disse ter notado diferenças relativamente à edição do certame do ano passado, que também visitou. “Existe uma grande diferença, para melhor, no que toca, por exemplo, às condições de higiene e segurança, notando-se que os expositores estão cada vez mais sensibilizados para esta vertente”, salientou o governante.
A questão da higiene e da qualidade dos produtos não passou despercebida ao secretário de Estado, que fez questão de se inteirar do processo controlo dos produtos. Para tal, Rui Gonçalves manteve uma longa conversa com o veterinário municipal, Domingos Moura. Este responsável referiu que já houve produtores que viram os seus produtos impedidos de entrar nos expositores e exemplificou, mesmo, com um presunto que foi retirado. “Os produtores estão cada vez mais atentos e, se até há poucos anos tínhamos cerca de 30 por cento dos produtos retirados por falta de qualidade, actualmente percentagem não ultrapassa 1,5 por cento, garantiu o veterinário.

Média de idades dos participantes denota interesse dos jovens pelo sector dos enchidos

Outro dos aspectos realçados por Rui Gonçalves foi a média de idades dos produtores que participaram no certame, que terminou anteontem.
Actualmente, constata-se a faixa etária dominante situa-se nos 40 anos, quando no início deste certame estava muito acima dos 60. “Isto mostra que os jovens apostam cada vez mais na produção do fumeiro, ao mesmo tempo que perspectiva uma maior ambição por parte dos produtores, que agora pode ser mais materializada através dos apoios incluídos do QREN”, concluiu o secretário de Estado.
Por sua vez, o residente da Câmara de Montalegre, Fernando Rodrigues, reafirmou algumas ideias chave do seu discurso na sessão de abertura da XVI Feira do Fumeiro.
O autarca alertou para a necessidade dos jovens produtores apostarem mais no sector, por via dos novos apoios comunitários. “Este é um filão extraordinário que ainda tem muito para dar e que é preciso explorar cada vez mais de forma realista e responsável”.
Na óptica do edil, o crescimento do certame “demonstra que há gente nova a produzir fumeiro e é para essa gente mais nova que deixamos o desafio de dar corpo a maiores ambições”.