Ter, 12/12/2006 - 12:15
Apesar de residir em Vila Nova de Gaia, a artista transmontana afirma, com orgulho, que as tradições da sua terra natal lhe correm nas veias. Aliás, não é por acaso, que a maioria das telas de Balbina retratam paisagens, actividades agrícolas, ou, simplesmente, objectos característicos do Nordeste Transmontano.
“A minha infância e a minha juventude foram vividas em Trás-os-Montes. Além disso, para além dos estudos, quando estava de férias, não tinha coragem para ficar em casa quando os meus pais iam trabalhar”, afirma Balbina Mendes.
Filha de uma tecedeira e de um carpinteiro, a pintora confessa que o seu contacto com as tintas surgiu, apenas, quando frequentava o Magistério, em Bragança. No entanto, Balbina realça que o gosto pela pintura, com lápis de cor, foi sempre algo que a fascinou desde criança.
A primeira exposição surgiu em 1999, no Porto, altura em que diz ter ganho coragem para apresentar em público os seus quadros. A partir daí fez tudo o que estava a seu alcance para aperfeiçoar o dom da pintura e passou a dedicar mais tempo ao atelier, que deixou de ser colectivo para acolher, apenas, as telas de Balbina.
Telas de Balbina Mendes adquiridas por figuras relevantes do Estado português
Formada em Ensino, Balbina Mendes afirma que faz duas coisas que a apaixonam: a pintura e as crianças.
Como artista, mas também como mulher, esta transmontana não esconde que é a sorte tem estado do seu lado.
Com um currículo recheado de exposições individuais e o colectivas, Balbina enaltece, ainda, o facto das suas telas serem adquiridas por pessoas, da classe média e alta, mas também por figuras de relevo do Estado português, cujos nomes prefere não revelar.
Balbina Mendes salienta que nunca se sentiu valorizada nem prejudicada pelo facto de ser mulher. Contudo, admite que as cores quentes são o toque feminino que distingue as suas telas.
O mais recente trabalho da artista, a exposição itinerante “Margens Douro, Nascente Foz”, está patente no Centro Cultural de Bragança até dia 7 de Janeiro.