Ter, 12/12/2006 - 11:58
O acordo, celebrado no passado sábado, em Macedo de Cavaleiros, conta com vários parceiros, entre eles a diocese de Bragança-Miranda, representada pelo seu bispo, António Montes Moreira, o Departamento Histórico da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a Escola de Artes da Universidade Católica Portuguesa, e o Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais.
A Terras Quentes tem vindo a desenvolver um trabalho de inventariação do património cultural e artístico do concelho de Macedo de Cavaleiros, desde 2004, ao abrigo de um protocolo celebrado com a autarquia local.
O trabalho de campo naquela localidade está a terminar e a colectividade pretende direccionar, agora, a sua atenção ao património do distrito. “Há muito a fazer”, referiu o presidente do Terras Quentes, Carlos Mendes.
Pensa-se que a peça terá sido retirada de um conjunto de figuras, do mesmo autor, por volta de 1861
Durante a cerimónia, este responsável referiu que “o património deveria conhecer o seu proprietário” para que este possa diligenciar a conservação do que é seu.
Após a celebração do acordo, foi devolvida à igreja de Macedo de Cavaleiros uma imagem de Cristo flagelado datada do século XVII. Pensa-se que esta peça terá sido retirada de um conjunto de figuras, do mesmo autor, por volta de 1861, ano em que a igreja matriz de Macedo de Cavaleiros foi alvo de obras de remodelação.
A imagem foi reconhecida, primeiramente, por Sérgio Abelha, que colaborou no inventário de património edificado e arte móvel, do concelho de Macedo de Cavaleiros. A estátua encontrava-se num antiquário de Lisboa e procedeu-se, posteriormente, a várias investigações que conduziram a proprietários de diversas regiões do País.
Após a identificação do proprietário, a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros adquiriu a figura e devolveu-a à paróquia.