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Controlo da qualidade do azeite em debate

Ter, 28/11/2006 - 11:47


Apesar da nova lei para o sector do azeite trazer vantagens para os olivicultores e lagareiros, há técnicos, empresários e agricultores que criticam o facto de ter sido promulgada e, só depois, debatida.

Durante uma sessão informativa organizada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), em Mirandela, onde participaram diversas associações de produtores de azeite divulgou-se o despacho que visa a regulamentação do sector olivícola, a laboração e condições físicas dos lagares, bem como a comercialização do azeite.
De acordo com o tesoureiro da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD), Francisco Pavão, apesar da comercialização ser regularizada, o despacho excluiu os produtores e embaladores. “Por exemplo, quem for produtor embalador tem que vender a azeitona ao lagar, compra-lhe o azeite, para, depois, embalar. O que o despacho quer regulamentar é favorável, mas é de difícil aplicabilidade e explicação para o agricultor”, realçou o responsável.

Agricultores e lagareiros insurgem-se contra a burocracia necessária para operar no sector da olivicultura

Já os empresários e agricultores afirmaram não ter conhecimento das alterações legislativas para o sector da olivicultura.
“Estou a 20 dias de iniciar a campanha do azeite sem saber absolutamente nada. É inadmissível que as leis apareçam sem o conhecimento dos interessados”, lamentou o empresário agrícola José Castro.
A burocracia foi, igualmente, criticada pelos agricultores e lagareiros, visto que quem quiser licenciar os lagares ou beneficiar dos subsídios para o sector do azeite e da azeitona de mesa é obrigado a preencher “papéis e mais papéis”.
De acordo com a representante da Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes (DRATM), Manuela Condado, o processo de licenciamento dos lagares já foi simplificado. “A legislação do licenciamento é algo complexa, mas desde que saiu a nova legislação, em 2003, essas burocracias simplificaram-se um pouco”, acrescentou a responsável.
Para poderem laborar, os lagares têm que ser reconhecidos pelo INGA. Em Trás-os-Montes estão legalizados 125 estruturas do género.