Ter, 28/11/2006 - 10:56
Após vários anos de construção de blocos unifamiliares, assiste-se à proliferação dos prédios de apartamentos, tendo sido criados, recentemente, cinco novos loteamentos, a par de um número crescente de vivendas, que nascem na periferia no núcleo urbano.
Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial do Concelho de Miranda do Douro, Artur Nunes, os alunos e docentes do pólo da UTAD são os grandes responsáveis pelo aumento da construção civil. “Vieram contribuir para dar novo alento a este sector, dada a procura crescente no mercado de arrendamento”, explicou o dirigente.
A redução de alunos no pólo da UTAD, contudo, tem-se reflectido nos preços do arrendamento de casas e quartos, que é considerado “alto” face a outras localidades com ensino superior, como é o caso de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela.
“Há quartos vagos e, mesmo assim, os senhorios não baixam os preços, lamenta o presidente da Associação Estudantes da UTAD-Miranda, Jorge Pereira.
De acordo com o estudante, “há cidades do distrito onde o preço médio por quarto ronda os 70-90 euros, enquanto em Miranda se paga 125 euros e 200 euros”.
Outros dos factores que pode explicar o crescimento urbano é o abandono do meio rural, já que as pessoas oriundas das aldeias tendem a fixar-se na cidade.
O aumento da construção levou, mesmo, a Câmara Municipal a reforçar as infra-estruturas básicas e a avançar com a elaboração de um plano de ordenamento para a periferia da cidade.