Ter, 21/11/2006 - 10:19
Considerada a “epidemia do século XXI”, a diabetes tende a propagar-se velozmente, em todo o mundo. “Cada vez se vivem mais anos, come-se mais e gastam-se menos energias, “, informou Manuela Fernandes, médica no Centro de Saúde de Bragança (CSB).
Caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue e a insuficiência, parcial ou total, de insulina no organismo, a diabetes é crónica e distingue-se em duas classes: “tipo Um” e “Dois”.
A causa do “tipo Um” está relacionada directamente com a ausência de insulina no corpo e obriga a injecções diárias.
Já o “tipo Dois”, Não - Insulino Dependente, é condicionada pelos hábitos alimentares, excesso de peso e falta de exercício físico. Esta variante da doença “ocorre em indivíduos que herdaram um tendência para a diabetes e têm, normalmente, um familiar próximo com este problema”, explicou a responsável.
Papel do diabético e estilo de vida é tão importante como o do profissional de saúde
Após a descoberta da doença, o diabético deve condicionar o seu estilo de vida a esta maleita. Pode fazer tudo como antigamente, mas terá que adaptar os seus hábitos alimentares, praticar exercício físico, respeitar a terapêutica receitada e “estar atento às consequências que a diabetes pode provocar no seu organismo”, alertou Manuela Fernandes.
Deste modo, a qualidade de vida do diabético depende de si próprio, pelo que o seu papel é tão importante na sua vida como o de um médico. “A principal tarefa está nas mãos do doente, ao nível da prevenção, cuidados e higiene”, sublinhou a médica.
Apesar da medicação ser essencial no tratamento da diabetes, a atitude do paciente, perante a doença, é primordial. “Se ele tomar a terapêutica certa, mas se continuar a alimentar-se mal e não praticar exercício, os seus níveis de açúcar nunca estarão normais”, alertou a responsável.