Ter, 19/09/2006 - 15:12
Segundo o presidente da CMB, Jorge Nunes, esta decisão, tomada no passado dia 11, tem como objectivo abrir a venda da maior quota do matadouro a um leque de operadores privados mais abrangente.
“A autarquia pretende ficar com a totalidade do capital da Terra Fria Carnes, para, posteriormente, vender a maioria do capital em hasta pública”, esclareceu o edil.
Se a proposta da CMB for aprovada na Assembleia Municipal, que decorrerá no próximo dia 29, a Terra Fria Carnes transformar-se-á numa empresa municipal.
Apesar do futuro do matadouro de Bragança ainda não estar definido, Jorge Nunes admite continuidade da Terra Fria Carnes como empresa municipal, mas com a maioria do capital privado, o que significa que a autarquia tem uma palavra a dizer nas decisões estratégicas da empresa.
“A Câmara pretende salvaguardar os objectivos da empresa. Ou seja, quem comprar a maior quota não pode transformar a comercialização de carne noutro negócio qualquer”, esclareceu o presidente da CMB.
Matadouro de Vinhais
é potencial comprador
Segundo Jorge Nunes, após a aquisição da totalidade das quotas do matadouro, a autarquia terá que vender a maioria do capital da Terra Fria Carnes, alegando que “o matadouro não consegue desenvolver a sua actividade com uma gestão pública”.
“Estando um privado à frente da empresa já pode negociar e ampliar a comercialização, o que seria impossível com uma gestão pública”, acrescentou o edil.
Recorde-se que, após o Agrupamento de Defesa Sanitário (ADS) ter colocado à venda uma participação de 50, 02 por cento, o veterinário e ex-vereador da CMB, Luís Afonso, foi o único a apresentar uma proposta de compra em nome individual.
No entanto, os estatutos ditam que a CMB, detentora de 49,98 por cento do capital da Terra Fria Carnes, pode apresentar o direito de preferência na compra das acções do matadouro, o que veio a verificar-se.
Luís Afonso apresentou uma proposta para adquirir a quota de 50,02 por cento pelo preço inicial de aquisição, ou seja, cerca de 130 mil euros.
Após ter conhecimento que a quota do ADS estava à venda, o Matadouro de Vinhais também manifestou interesse em subscrever o capital disponível.
Segundo o presidente do Conselho de Administração do Matadouro de Vinhais, Moisés Alves, a unidade vinhaense é um dos potenciais candidatos à compra da maior quota da Terra Fria Carnes. No entanto, o responsável realça que é necessário estudar primeiro as condições em que se encontra o matadouro bragançano.