Fonte secular com maus acessos

No entanto, os acessos e a falta de sinalização são os principais entraves aos turistas que pretendem visitar esta fonte secular.
Integrada no roteiro turístico Fontes do Fervença, a Fonte da Avelaira fica dentro da freguesia de Santa Maria, mas fora dos restauros levados a cabo pelo programa Polis nos restantes locais que fazem parte do roteiro, designadamente as fontes do S. Jorge, dos Alfaites (sem água) e do Conde.
Apesar de ser um fontanário público, a Fonte da Avelaira está circundada de um terreno particular, uma situação que tem gerado discórdia entre o proprietário das terras e a Junta de Freguesia de Santa Maria (JFSM).
Justiniano Taveira, o dono do terreno, acusa a Junta de Santa Maria de abandonar um local histórico, visitado por centenas de pessoas.
Para limpar a área circundante à fonte, que se encontrava coberta de silvas, o proprietário diz que contou, apenas, com a ajuda da mulher, visto que a autarquia nunca se preocupou com a manutenção do local.
Além disso, atesta que também pôs mãos à obra para compor uma parte do caminho público que dá acesso ao fontanário e ao seu terreno.

Acesso entregue às autoridades

“Fiz algumas melhorias num dos caminhos para poder aceder à minha propriedade de tractor e a Junta ainda se virou contra mim”, acrescentou Justiniano Taveira.
Mas, o presidente da JFSM, Jorge Novo, apresenta uma versão dos factos completamente diferente.
O autarca garante que o proprietário alterou os acessos ao local e, além disso, ainda cortou uma árvore antiga que dava sombra ao fontanário, pelo que deu conhecimento da situação ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR.
Confrontado com o mau estado do acesso à Fonte da Avelaira, Jorge Novo afirmou que a Junta aguarda a resolução do SEPNA e, caso o proprietário do terreno não seja responsabilizado pelos alegados danos, será a Junta a intervir na melhoria do caminho público.
Contudo, Justiniano Taveira afirma que está disposto a colaborar na melhoria dos acessos à fonte, disponibilizando uma parcela de terra para a criação de um espaço para estacionamento.
A história que marca aquele local é, igualmente, realçada por este bragançano, que diz mesmo que a água do fontanário era utilizada pelas famílias reais que habitaram no Castelo de Bragança.
As propriedades medicinais do precioso líquido também são enaltecidas por Justiniano Taveira, aludindo ao facto de haver médicos a procurar a água da Fonte da Avelaira.