Qua, 16/08/2006 - 10:40
Esta feira local, que teve início no passado sábado e terminou ontem, é uma mostra de produtos da terra, mas também das artes e ofícios que, outrora, eram o sustento das famílias que viviam na Lousa.
O melão, a melancia e os legumes da Vilariça, o mel e o vinho da Lousa, o queijo da Cardanha e os enchidos de Cabeça Boa são alguns dos produtos expostos na Feira.
Quanto às artes tradicionais destaca-se a tecelagem e a cestaria em madeira de castanho, artigos artesanais que ainda são produzidos na região transmontana.
Recuperar artes antigas
Este ano, o número de expositores foi superior à edição anterior, uma realidade que leva o presidente da ACRL, Virgílio Tavares, a afirmar que a Feira de Produtos da Terra e Artesanato está em crescimento.
“Esta é uma feira com pernas para andar. É preciso que as entidades comecem a colaborar e a participar para não deixarmos morrer este certame e as tradições da nossa terra”, acrescentou o responsável.
Na óptica de Virgílio Tavares, esta iniciativa representa um incentivo para o desenvolvimento da economia rural, que, ao mesmo tempo, pretende recuperar profissões tradicionais, como por exemplo a arte de canastreiro.
Alguns objectos que marcam as artes e ofícios tradicionais, muito enraizados na aldeia, já estão reunidos num museu criado pela ACRL, onde se podem encontrar várias peças, entre os quais os instrumentos da antiga banda da Lousa.
Por isso, na altura da Feira de Produtos da Terra, as pessoas são convidadas a visitar o museu, que vai crescendo ano após ano.
Durante o evento, a associação procura, ainda, angariar alguns fundos, com a venda de algumas recordações alusivas aos 25 anos completados, este ano, pela ACRL.
A par da feira, a Lousa acolheu, igualmente, diversas actividades culturais e desportivas, nomeadamente a arruada do grupo de bombos da aldeia e os jogos tradicionais.