Qua, 16/08/2006 - 10:16
Com o trabalho “O Associativismo Recreativo – Cultural no Distrito de Bragança: o Concelho de Mirandela (1850-2004)”, o estudioso pretendeu analisar a importância das colectividades recreativas e culturais no desenvolvimento da população de Trás-os-Montes e qual o seu contributo para a preservação do património cultural local e regional.
Virgílio Tavares questionou, ainda, se estas associações, em regiões desertificadas, tendem a desaparecer ou a ganhar mais destaque local e porque é que algumas destas colectividades estão, actualmente, inactivas.
Assim, para chegar a determinadas conclusões, o investigador avançou com entrevistas exploratórias e com a pesquisa em arquivos de algumas associações.
Deste modo, Virgílio Tavares constatou que no distrito de Bragança ainda há muitas colectividades que se podem admirar, como os Pauliteiros de Miranda e os Caretos de Podence, o que prova que as actividades culturais e recreativas não se restringem às associações. O investigador enuncia, como exemplo, as Bandas Filarmónicas e de Música que se têm vindo a renovar, ao longo dos anos.
Dinamizadoras locais
Relativamente ao concelho de Mirandela, Virgílio Tavares refere que algumas associações, que não estão direccionadas, exclusivamente, para a recreação e cultura, desenvolvem a região a vários níveis, participando na sua dinamização. Um exemplo disso é a Confraria de Nossa Senhora do Amparo que, além de realizar as festas religiosas, actua, também, no âmbito do entretenimento e atracção de multidões.
Virgílio Tavares concluiu, ainda, que a cidade do Tua é um centro de desenvolvimento e irradiação desportiva na região transmontana, na qual destaca o Sport Clube de Mirandela, Futsal Clube de Mirandela, AMAO, Ginásio Clube Mirandelense e o Clube Amador de Mirandela, entre outras colectividades.
Para o estudioso, os benefícios destas associações são claros, uma vez que envolvem pessoas e actividades económicas paralelas, enaltecendo a sociedade em que se inserem estas colectividades.