Ter, 08/08/2006 - 15:50
Talvez até estivessem, ainda mais, na ordem do dia do que em 2001 ou 2002, já que a inauguração da A7, entre Vila Pouca de Aguiar e Vila do Conde, a abertura de novos troços da A24, entre Vila Real e Chaves, e a inauguração da Plataforma Logística Internacional do Vale do Tâmega vieram fornecer novos dados quanto à situação geográfica do distrito de Bragança.
Concelhos como Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Celorico de Basto ou Fafe ganharam uma nova centralidade, enquanto o Nordeste Transmontano continua à espera de obras que poderão, até, nunca sair do papel.
É o caso da ligação da capital de distrito à autovia das Rias Baixas, que o Governo resumiu, em Maio passado, à requalificação de diversas estradas nacionais, entre Bragança e Rio de Onor.
Posto isto, caem por terras as pretensões da autarquia bragançana em torno do prolongamento do IP2 até à fronteira do Portelo e respectiva ligação à estação de comboio de Puebla de Sanábria, onde passará um comboio de Alta Velocidade, cuja paragem não é uma certeza, antes pelo contrário. Isso mesmo ficou bem claro na apresentação que um técnico espanhol fez na cerimónia “Acessibilidades a Trás-os-Montes e Alto Douro”, em Bragança, a mesma onde o Instituto de Estradas de Portugal e o ministro das Obras Públicas anunciaram a ligação à Puebla “via estrada nacional melhorada”.
Por outro lado, o Sistema Aeroportuário Nacional não garante a evolução do Aeródromo de Bragança, que continuará a ser, cada vez mais, ameaçado pela necessidade de rentabilizar os avultados investimentos realizados no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. O aeródromo poderá segurar as carreiras de serviço público Bragança-Lisboa, mas o Governo não parece disposto a criar um aeroporto regional em terras nordestinas para não fazer concorrência ao do Porto, pois claro.
Posto isto, o prolongamento da A7 até pode servir Bragança, mas primeiro há que fazer chegar a A4 a Quintanilha.