Qui, 29/06/2006 - 10:26
Esta decisão, segundo um membro da CAPM, Fernando Sousa, prende-se com o facto de ser obrigatória a aquisição de determinadas quantidades deste produto, o que representaria um grande risco em termos de investimento. “As porções exigidas davam para alimentar os cerca de cinco mil animais existentes no solar da Raça Mirandesa durante dois anos e, assim, o cereal corria o risco de se estragar”, sublinhou o responsável.
Deste modo, continua-se a comprar este produto directamente aos cultivadores da região e a importar de Espanha. Contudo, o cereal proveniente da Hungria, apesar de ter um preço que ultrapassa as possibilidades da CAPM, é necessário na região, uma vez que, durante o ano agrícola, são consumidos cerca de milhão de quilos de cereais.
No entanto, devido ao baixo poder de compra dos criadores, este produto terá que ser adquirido a preços mais económicos, tal como defende Fernando Sousa. “A CAPM deveria ser beneficiada, uma vez que a região trasmontana foi uma das que mais sofreu com a seca”, alega o responsável.