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O impacto social das Piscinas Municipais

Ter, 20/06/2006 - 16:21


Inaugurado a 1 de Julho de 2003, o complexo das piscinas interiores tem gerado uma grande adesão da comunidade brigantina à prática das modalidades aquáticas.

As Piscinas Municipais disponibilizam modalidades para todas idades, desde a natação para bebés e adaptação ao meio aquático até às modalidades de aprendizagem, aperfeiçoamento e competição. A adesão do público veio superar as expectativas, como confirmou a vereadora da Cultura e do Desporto, Fátima Fernandes, e pode ser entendida como um sinal de dinamização e desenvolvimento da vida desportiva do Nordeste Transmontano.
O número de utentes prova o impacto que as piscinas desencadearam: entre Julho e Dezembro de 2003, as piscinas municipais registaram 20.019 utentes; em 2004, o número aumentou para 60.391 (apesar de em Abril as piscinas terem estado fechadas por problemas de manutenção) e em 2005 registou-se novo aumento, atingindo-se o total de 67.508 utentes.
A instituição tem vindo a oferecer novas modalidades para dar resposta a uma procura crescente, tal como explica a técnica superior de Desporto e responsável pelas Piscinas Municipais, Joana Alves: "a necessidade de alargar o leque de opções surge porque o núcleo da população é muito variado e vasto e, então, tenta-se dar resposta mediante a necessidade das pessoas e a procura, desde a natação para bebés até à classe hidrosénior".

Facilitar acesso ao desporto

O grande lema das piscinas é permitir que ninguém deixe de praticar desporto por falta de oferta. Contudo, a manterem-se os níveis de adesão e a registar-se um aumento da procura será difícil manter esse lema se, por exemplo, o espaço não for alargado. A vereadora da Cultura e do Desporto afirma que "o que se pretende, neste momento, é rentabilizar o espaço" e quanto a perspectivas para o futuro, há que esperar para ver. Refira-se que a remodelação das Piscinas Municipais implicou um investimento da Câmara de Bragança no valor de 3 milhões de euros.
As duas piscinas desportivas (a de aprendizagem e a de competição) estão abertas todo o ano, salvo excepções pontuais aquando de obras de manutenção ou por motivos de férias. Perante essas situações, "as pessoas revelam descontentamento por não poderem seguir aquela rotina de actividade física", como diz a responsável, o que mostra o hábito de praticar regularmente desporto que se tem criado. Nesse sentido, as piscinas têm sido importantes para contrariar as tendências de sedentarismo que já se começavam a verificar.
A responsável confirma que as piscinas tentam criar hábitos de vida saudável e fomentar a prática desportiva, mas alerta que, "embora sejam muitos os utentes das Piscinas Municipais, Bragança tem muita mais população do que os utentes da piscina". No entanto, é incontornável que as piscinas têm sido um contributo para consciencializar a comunidade em geral da importância da prática do desporto no desenvolvimento global do indivíduo. "À partida, quando alguém se responsabiliza e se compromete numa actividade em que obrigatoriamente paga e tem aulas, as pessoas cumprem e vão. Se vão sem compromisso, ir nadar por nadar, já não tem assim tanta relevância. As pessoas sentem-se nesse compromisso de fazer actividade física", explica Joana Alves. A vereadora refere ainda como outra motivação "a prática em conjunto das modalidades".
Em relação às dificuldades que as piscinas enfrentam no dia-a-dia, a resposta da Técnica de Desporto ilustra bem o impacto social das Piscinas Municipais: "a principal dificuldade neste momento é dar resposta a tanta procura".