Ter, 20/06/2006 - 14:36
Segundo esta entidade, após uma subida, de Janeiro para Fevereiro, do número de desempregados no distrito de Bragança, os indicadores revelam que esta taxa veio a decrescer até ao mês de Abril, altura em que foram efectuados os últimos estudos do IEFP (ver gráfico 1).
As mulheres são as mais afectadas por este problema, chegando a atingir números díspares, comparados com os que se verificam relativamente ao sexo masculino.
Quanto ao grupo etário, as pessoas situadas entre a classe dos 35 e os 54 anos são as que mais têm que se preocupar com a falta de trabalho.
Finalmente, os mais atingidos pelo desemprego são os que possuem uma baixo nível de escolaridade, uma vez que o grupo mais afectado inclui cidadãos com o 1º Ciclo do Ensino Básico.
Concelhos seguem a tendência
Ao analisar, individualmente, os 12 concelhos que constituem o Nordeste Transmontano, verificamos que a maioria regista um acréscimo na taxa de desemprego desde o início do ano e, somente, em Março e Abril é que estes valores sofrem uma redução (ver quadro 2).
No entanto, existem regiões, como Carrazeda de Ansiães e Torre de Moncorvo, em que se regista uma excepção à regra. Estes concelhos registam uma diminuição no número de desempregados do mês de Fevereiro para Março e de Janeiro para Fevereiro, respectivamente. Já os valores referentes à região de Vila Flor são favoráveis de Fevereiro a Abril. No entanto, os concelhos que sobressaem neste relatório são os de Mirandela e de Mogadouro, cuja taxa de desemprego vem a cair desde o início do ano.
Contudo, Freixo de Espada à Cinta e Vimioso registaram um aumento progressivo no número de pessoas sem trabalho ao longo de 2006, contrariando, deste modo, a tendência geral no Nordeste Transmontano.
Baixa escolaridade com valores mais elevados
Apesar da crescente dificuldade que os jovens licenciados têm em arranjar emprego, os dados comprovam que as pessoas que possuem, apenas, o 1º Ciclo são as mais afectadas pelo desemprego.
Contudo, verifica-se que em Miranda do Douro, aqueles que concluíram o ensino superior foram os que registaram, em Janeiro, as taxas mais elevadas relativamente a esta matéria. Também no concelho de Bragança, os diplomados atingem valores preocupantes, surgindo, nos meses de Março e Abril, em segunda posição.
Já nas regiões de Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Torre de Moncorvo e Vinhais, este grupo é o menos afectado pelo desemprego.
Em contrapartida, em parte dos concelhos, o nível de escolaridade inferior ao 1º Ciclo é que sofre menos com esta adversidade.
Meia-idade é a mais atingida
Ainda que o desemprego não seja apanágio de uma faixa etária em particular, os dados revelam que as pessoas mais atingidas são as que têm idades compreendidas entre os 35 e os 54 anos.
Contudo, no concelho de Bragança, os valores mais preocupantes referem-se ao grupo etário dos 25 aos 34 anos, uma situação que se verifica, nos meses de Março e Abril, em Carrazeda de Ansiães.
A característica comum em todos os concelhos, desde o início do ano, é o facto do sexo feminino ser o grupo mais atingido pelo desemprego.