Igreja de Freixo em restauro prolongado

Os trabalhos em curso são da responsabilidade do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e visam o restauro da abóbada da igreja que ameaçava ruir. As madeiras que fazem o suporte daquela estrutura estão “podres” e não oferecem resistência.
Actualmente, quem faz o suporte da abóbada é um conjunto de andaimes e escoras metálicas que são alugadas, ao dia, a uma empresa local, o que causa um impacto visual negativo no templo.
Um conjunto valiosos de painéis da escola de Grão Vasco, que se encontravam no altar-mor, foram retirados e encaixotados, situação que ainda exalta mais os ânimos, já que a população teme que desapareçam. “Alguém os pode levar e trocar por outros sem valor nenhum”, disse um popular ao Jornal NORDESTE.

Templo encerrado ao público

Segundo o autarca local, José Santos, a intervenção é necessária, mas está a ser muito prolongada. Assim, os turistas estão privados de visitar a igreja e apreciar os retábulos da escola de Grão Vasco.
“As obras estão paradas, o que acarreta custos elevados para o erário público. Os atrasos verificados aumentam o valor do aluguer da estrutura que, de momento, suporta a abóbada. Sendo o IPPAR um organismo exigente em relação a outras instituições que têm de preservar o património, neste caso não estão a dar o exemplo”, acrescentou o edil de Freixo de Espada à Cinta.
O Jornal NORDESTE contactou o IPPAR que reconhece a deterioração da abóbada da igreja, visto que a estrutura apresenta vários problemas já identificados por técnicos daquele organismo e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Quanto ao atraso, o IPPAR garante que até ao final do mês de Outubro as obras serão concluídas.
Os retábulos foram sujeitos a uma intervenção S.O.S, para serem acondicionados até ao seu restauro. Entretanto, serão objecto de estudos, não havendo ainda uma data para a conclusão dos trabalhos.