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Matadouro negativo

Qua, 03/05/2006 - 14:57


Os prejuízos acumulados pelo matadouro de Bragança levam o Agrupamento de Defesa Sanitária (ADS) a pôr o capital à disposição, para poder injectar dinheiro na empresa Terra Fria Carnes, responsável pela gestão daquela unidade de abate.

Com uma queda na laboração na ordem dos 50 por cento, o matadouro registou mais de 100 mil euros de prejuízos, durante o ano passado.
O agravamento dos resultados deve-se à perda do abate da raça mirandesa para o matadouro de Vinhais, depois da Cooperativa Agro-Pecuária Mirandesa (CAPM) querer comprar a maioria das quotas da unidade de Bragança e da autarquia local ter recusado a venda.
Recorde-se que, até ao ano passado, a CAPM possuía 26 por cento do capital do matadouro, uma quota que foi distribuída pelos parceiros após a saída da raça mirandesa.
Actualmente, o ADS de Bragança detém 51 por cento do capital da empresa que gere o matadouro, enquanto 49 por cento pertence à Câmara Municipal de Bragança (CMB).
Os números representam bem os tempos de crise que o matadouro de Bragança está a atravessar. Em 2004, foram abatidas cerca de 800 toneladas de carne, um valor que desceu para as 411 no ano passado.
Segundo o presidente do ADS bragançano, Luís Afonso, além da perda do abate da raça mirandesa, a invasão da carne espanhola no mercado transmontano é outro dos motivos para a crise atravessada pelo matadouro de Bragança.
O presidente da CMB, Jorge Nunes, também admite que se estão a questionar estratégias de funcionamento, bem como a estrutura accionista.