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Um exemplo a seguir

Ter, 11/04/2006 - 00:17


É um caso de sucesso no tecido empresarial de Trás-os-Montes, com a particularidade de ser no feminino. Rita Messias, assim se chama a mulher empreendedora oriunda da cidade do Tua, fez parte do grupo dos primeiros licenciados em Gestão Agrícola, pela Escola Superior Agrária de Bragança.

Frequentou, também, no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), o curso de Contabilidade e Administração, que, segundo a própria, a ajudou a sentir-se mais segura e optimista relativamente ao futuro.
Após cerca de oito anos a trabalhar na área de projectos, que lhe permitiram adquirir bases e conhecimentos neste ramo, Rita Messias decide abandonar um emprego que lhe garantia cerca de 1000 euros mensais, para passar a receber 350 euros e avançar com o sonho de ter um negócio próprio. A Consultua, Ensino e Formação Profissional, Lda., sedeada em Mirandela, é, como acrescenta a empresária, um projecto que veio no seguimento da sua ambição e utopia de querer fazer mais e melhor.
Contudo, não avançou com a ideia sem que, primeiro, tenha investido muitos recursos e tempo em cursos de formação. “Passei dois anos a viajar entre Mirandela, onde vivia, Vila Flor, onde trabalhava, e Bragança, onde estudava à noite”, salientou Rita Messias. O esforço, segundo a responsável, não foi em vão. “Assegurou-me armas para ter mais conhecimentos ao nível da administração”, recorda. Com isto, a empresária teve a prova concreta de que, sem esforço, formação e evolução nada se consegue. “Só assim estaremos preparados para enfrentar as aceleradas mudanças do mundo actual”, sublinhou.
Estas bases permitiram avançar com a Consultua, em 2000, uma empresa que representa, segundo Rita Messias “a continuidade do trabalho que eu tinha desenvolvido até então”. Se, inicialmente o projecto integrava três pessoas, actualmente emprega 22 trabalhadores internos e 227 colaboradores externos, dos quais cerca de 86 por cento têm formação superior. E, ainda que a Consultua tenha a sua sede em Mirandela, actua em toda a província de Trás-os-Montes. “Conseguimos funcionar em toda a região através de parcerias”, esclareceu a empresária.
Embora represente um caso de sucesso no Nordeste Transmontano, Rita Messias não deixa de salientar que os negócios não podem ter em vista, única e exclusivamente, o objectivo monetário. “Montar uma empresa só pelo dinheiro não é viável e, com o tempo, deixa de ser sustentável”, garantiu a responsável. Na óptica da investidora, deve-se aliar a competitividade de um investimento à cidadania e, só assim se consegue “ver até que ponto o nosso negócio pode ajudar a sociedade à nossa volta”. Eis a visão duma empresária no feminino bem sucedida.