Seg, 10/04/2006 - 23:42
Esta foi uma das conclusões da reunião entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e os 12 autarcas do Nordeste Transmontano que decorreu, na passada quarta-feira, em Bragança.
Os municípios garantem que, ao nível das infra-estruturas e equipamentos, a região já se encontra bem servida, mas defendem a criação de medidas concretas para o desenvolvimento de Trás-os-Montes, no âmbito do próximo PREN.
Esta posição é vincada pelo presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, Moraes Machado, que salienta a falta de entendimento entre os diferentes autarcas como obstáculo ao desenvolvimento de projectos supramunicipais. Como exemplo o autarca aponta a construção do matadouro intermunicipal do Planalto Mirandês.
“Como a construção de um matadouro só para o concelho de Mogadouro não tinha viabilidade procurei associar-me a Miranda do Douro e a Vimioso, mas há um ano e meio que este projecto está parado porque não nos entendemos quanto à sua localização”, sublinha o edil.
Cooperação com Espanha
é prioridade
Segundo o presidente da CCDRN, Carlos Lage, os planos têm que obedecer a critérios de selectividade e de sustentabilidade futura, acrescentando que o modelo das infra-estruturas e equipamentos chegou ao fim.
As potencialidades turísticas e a valorização dos produtos agrícolas de qualidade produzidos na região são, na opinião de Carlos Lage, os sectores que devem ser impulsionados no âmbito do próximo PREN.
Contudo, na região Norte, o Vale do Douro vai ser a principal aposta durante os próximos sete anos. “Aquela zona, desde o Porto até à fronteira, tem potencialidades de desenvolvimento verdadeiramente colossais que estão por explorar, quer ao nível turístico, quer vitivinícola e económico”, acrescentou o presidente da CCDRN.
A integração dos municípios do distrito de Bragança nas redes nacionais de comunicação e de acessibilidades, bem como nas redes espanholas, é outra prioridade anunciada por Carlos Laje.
Apesar das verbas ainda não estarem repartidas, o responsável adiantou que, dos 22,5 milhões de euros que vão ser disponibilizados para Portugal, cerca de 16 milhões vão ser divididos pelas regiões de convergência: Norte, Centro, Alentejo e Açores.