class="html not-front not-logged-in one-sidebar sidebar-second page-node page-node- page-node-163550 node-type-noticia">

            

Cirurgia de Macedo chega ao fim

Seg, 10/04/2006 - 23:41


O serviço de cirurgia do Hospital de Macedo de Cavaleiros já tem os dias contados.

O conselho de administração do Centro Hospitalar do Nordeste (CHN) já decidiu a extinção deste serviço. Numa ordem interna, datada de 23 do mês passado, os directores para os serviços de cirurgia de Bragança e Mirandela foram nomeados, enquanto os profissionais que trabalhavam na cirurgia de Macedo foram transferidos de hospital.
De facto, desde o início da semana que as intervenções cirúrgicas têm sido efectuadas, apenas, em Mirandela ou Bragança.
Quanto aos dois cirurgiões afectos ao Hospital de Macedo foram transferidos para Mirandela.
As razões desta decisão ainda não foram reveladas, contudo, a administração do CHN remete explicações para uma conferência de imprensa que se irá realizar na próxima semana, para apresentar o Plano Estratégico CHN.

Números inconvenientes

Fazendo uma análise pura dos números que caracterizam a cirurgia de Macedo - ¬ deixando de lado a qualidade e utilidade pública que a Saúde deve prestar ao cidadão – não são favoráveis à continuação daquele serviço. Em 2004 foram realizadas 441 intervenções, enquanto em 2005 o número diminuiu para 323 intervenções. São números muito inferiores ao limite mínimo imposto pelo Estado (1 500 por ano).
Já o hospital de Mirandela realizou, durante o ano passado, 1575 intervenções, ao passo que Bragança efectuou 2 207 intervenções.
Mas os indícios de má gestão por parte de António Choupina não ficam por aqui, visto que o custo com o pessoal afecto ao serviço de consulta externa foi de 246 mil euros, com 14 mil consultas realizadas, em 2004, enquanto em Bragança se gastaram 235 mil euros em 42 mil consultas. Mirandela gastou 253 mil euros para realizar 47 mil consultas.
O serviço de urgência de Macedo é, contudo, o mais barato dos três hospitais. Em Macedo realizaram-se 27 mil urgências que custaram, cada uma, 102 euros, ao passo que em Mirandela se realizaram 37 mil com um custo de 129 euros e o hospital de Bragança atendeu 49 mil urgências que ficaram a 136 euros cada.
Apesar de ainda não haver certezas, já existem rumores de que o serviço de urgência de Macedo também irá encerrar. A verificar-se esta realidade, esta cidade ficará com um serviço de atendimento permanente (SAP) no Centro de Saúde.